A provável cassação de Boca Aberta, com a ascensão de Valdir Rossoni ao Congresso Nacional e a formação de um “rolo compressor” em favor da candidatura de Bachir Abbas
O Ministério Público do Paraná está pedindo a cassação do mandato do deputado Boca Aberta. Se for cassado, Valdir Rossoni assume sua cadeira na Câmara Federal.
O deputado federal Boca Aberta (PROS-PR) foi denunciado para a Câmara dos Deputados por meio de uma representação do MPPR (Ministério Público do Paraná) pedindo a cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro.
Segundo a denúncia, Boca Aberta ofendeu moralmente e fisicamente dois oficiais de justiça, manchou a imagem do Poder Judiciário e também violou a recomendação das autoridades de saúde na prevenção ao coronavírus.
Além desses fatos, o deputado ainda teria utilizado suas verbas de gabinete para realizar atos agressivos contra agentes da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) de Londrina.
A denúncia foi assinada pelos promotores Renato de Lima Castro, do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa, e Ricardo Benvenhu, da 26ª Promotoria de Justiça de Londrina.
Uma das acusações aponta que Boca Aberta teria agredido um oficial de justiça em novembro de 2019, empurrando o profissional contra um carro, após receber uma intimação judicial. Na época, o parlamentar negou a acusação.
“O Ministério Público não pode assistir, passivamente, a contínua e crescente prática de atos ilícitos. Não pode ser responsabilizado por omissão. já que as condutas praticadas pelo deputado necessitam ser interrompidas e impedidas, para que se restaure, em Londrina e região, o Estado de Direito Democrático”, pontua trecho da denúncia.
Não se entregou
Enclausurado em Bituruna, pela Pandemia, porque está no grupo de risco, embora trabalhando em sua indústria, Valdir Rossoni, uma das principais figuras do PSDB do Paraná, se ainda o conheço, não se entregou. E, claro, quer voltar à vida pública.
Começando por Bituruna, lançando seu filho Rodrigo (agora elegível) para prefeito em novembro próximo. Transferiu seu título para União da Vitória, mas segundo fontes dignas de crédito, não concorre a prefeito, mas está organizando nos bastidores um forte grupo de apoio à candidatura do vice-prefeito Bachir Abbas, inclusive com o envolvimento do deputado Hussein Bakri, que mesmo suplente está na Assembleia Legislativa e como líder do Governo.
Isso é possível, exatamente como aconteceu em 2000, depois de uma ‘batalha’ travada na eleição para deputado estadual entre Rossoni e Bakri em 1998.
Pode vir aí um ‘rolo compressor’ em favor da candidatura de Bachir Abbas à Prefeitura de União da Vitória. Mas a reação de vários partidos, segundo a mesma fonte, pode ser vigorosa.