Governador do Paraná enquadra prefeitos e ‘mostra quem manda’
Ao bater na mesa e decretar período de 14 dias para o combate à pandemia do coronavírus, o governador Ratinho Junior sabia que poderia ter ônus político, mas tomou a decisão certa. Ele deu um basta na irresponsabilidade de alguns prefeitos, principalmente dos municípios do Oeste do Estado, onde predomina a linha bolsonarista, que estavam mais preocupados em atender seus munícipes, com o calendário eleitoral, do que as autoridades sanitárias. Deu no que deu. Uma explosão de doenças, falta de leitos, medicamentos e profissionais da área médica.
Tudo começou no final de março, com decisão do ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) que, para infernizar a vida do presidente Jair Bolsonaro, que queria a abertura do comércio e vida normal, deu autonomia aos municípios. Foi um Deus nos acuda. Com a caneta na mão, cada prefeito fazia o que bem entendia e davam de ombros a decretos do próprio governador Ratinho Junior.
Aqui mando eu, diziam prefeitos que, hoje, devem estar arrependidos da irresponsabilidade e com dificuldades para voltar atrás. Isto aconteceu também com a Curitiba de Rafael Greca. Mandou fechar, depois, pressionado, voltou atrás, mandou abrir e a doença foi aumentando e o Paraná, tido um Estado como modelo na área da saúde, acabou sendo rebaixado em nível nacional. (Pedro Ribeiro).