Abraham Weintraud não é mais o ministro da Educação

O comunicado foi feito na tarde desta quinta-feira (18) pelo agora ex-ministro e pelo presidente Jair Bolsonaro em um pronunciamento em vídeo. Weintraub assumiu o cargo em abril de 2019 após a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez.

A pressão pela saída do cargo foi crescendo ao longo da gestão e sendo encorpada por diversos setores. A primeira grande reação ao nome do ex-ministro começou no ano passado, quando ele determinou o contingenciamento de recursos destinados a universidades públicas. 

As cobranças reverberaram no parlamento e deputados e senadores também passaram a pedir a substituição do ministro. No Congresso, o pleito não era exclusividade da oposição; o próprio presidente Rodrigo Maia (DEM) criticou Weintraub por diversas vezes e chegou a pedir a saída do ministro, a quem chamou de desqualificado. 

Nas últimas semanas, a crise se intensificou depois que a postura do ministro gerou reações contrárias em dois segmentos importantes para o presidente Jair Bolsonaro: os deputados do Centrão e o judiciário. 

O embate com o judiciário teve o ponto mais crítico quando foi divulgado o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril. Na gravação, Weintraub aparece defendendo a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal. A reação da Corte foi forte e imediata: além do repúdio dos ministros, Weintraub foi convocado por Alexandre de Moraes a prestar depoimento à Polícia Federal sobre as declarações contra o Supremo. 

Isolado, Weintraub encontrou guarida na ala mais extrema do Bolsonarismo. No último fim de semana, participou de atos em defesa do governo e voltou a se referir aos ministros do STF como vagabundos. Sem apoio nem mesmo de aliados do governo, Weintraub foi multado pelo governo do Distrito Federal por ter ido sem máscara ao protesto.  (Congresso em Foco).

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