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Sérgio Moro negou que tentou ser indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal

Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, negou que tentou ser indicado a uma vaga do STF (Supremo Tribunal Federal) por uma troca com o cargo de diretor-geral da PF (Polícia Federal). A acusação foi feita no pronunciamento de Jair Bolsonaro.

“A permanência do Diretor Geral da PF, Maurício Valeixo, nunca foi utilizada como moeda de troca para minha nomeação para o STF. Aliás, se fosse esse o meu objetivo, teria concordado ontem com a substituição do Diretor Geral da PF”, publicou Moro em seu Twitter logo após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro.

Sergio Moro

@SF_Moro

A permanência do Diretor Geral da PF, Maurício Valeixo, nunca foi utilizada como moeda de troca para minha nomeação para o STF. Aliás, se fosse esse o meu objetivo, teria concordado ontem com a substituição do Diretor Geral da PF.

Segundo o presidente, Moro teria pedido para que mudasse o comando da PF após o indicar ao STF.

“[Moro disse] Você pode trocar o Valeixo em novembro, depois que me indicar para o Supremo. Eu não troco. É desmoralizante, para um presidente, ouvir isso. Mais ainda, externar. Sergio Moro, o senhor disse que tinha uma biografia a zelar. Eu tenho um Brasil a zelar”, acusou Bolsonaro.

O STF terá pelo menos uma nova vaga aberta ainda neste ano. Marco Aurélio Mello, 73 anos, deve se aposentar em breve, mas corre por fora. Celso de Mello completa 75 anos no dia 1 de novembro, idade máxima para se aposentar. Já que a indicação ao Supremo é uma responsabilidade de Jair Bolsonaro, as chances de Moro se tornaram mínimas.

Vale ressaltar que Moro pediu demissão do governo federal pela exoneração de Maurício Aleixo. A decisão foi tomada pelo presidente e publicada no Diário Oficial da União na última madrugada, gerando a revolta do ex-ministro.

Por enquanto, após pedir demissão, Moro declarou que vai procurar emprego. Vale lembrar que, para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Moro teve de deixar a carreira como juiz federal.

“Abandonei a magistratura, é um caminho sem volta, vou descansar um pouco. Esses 22 anos foram de muito trabalho, nesse período de Lava Jato quase não tive descanso e nem durante como ministro. Vou procurar emprego, não enriqueci como magistrado ou ministro. Independentemente de onde esteja, estarei à disposição do país”, disse ele. (PARANÁPORTAL).

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