Bolsonaro contesta Sergio Moro e nega que tenha tentado interferir na Polícia Federal para proteger a família

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou hoje que tenha tentado interferir na Polícia Federal para proteger sua família de acusações de corrupção.

As declarações foram dadas em pronunciamento em resposta as acusações do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, que ao anunciar hoje sua demissão, afirmou que Bolsonaro tentou intervir na PF para ter acesso à investigações da corporação. O presidente acusou, ainda Moro de ter condicionado a troca de comando na PF à sua nomeação para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Nunca pedi para blindar ninguém da minha família. Jamais faria isso”, garantiu Bolsonaro. “Não são verdadeiras as declarações de que eu queria saber de investigações em andamento”, disse. O filho de Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, é investigado por suspeita de participar de um esquema de retenção de salários de assessores quando era deputadco estadual do Rio de Janeiro, conhecido como “rachadinha”. 

O presidente reafirmou que o ex-diretor da PF, Maurício Valeixo, teria se demitido a pedido porque estava cansado. “Valeixo disse que desde janeiro vinha falando com Sergio Moro que queria deixar a Polícia Federal”, afirmou. “Desculpe seu ministro. O senhor não vai me chamar de mentiroso”, rebateu Bolsonaro. “Não existe possibilidade de interferência na Polícia Federal”, alegou.

Bolsonaro acusou Moro de fazer “corpo mole” na investigação sobre o atentado sofrido por ele durante a campanha eleitoral de 2018. “A PF de Sergio Moro se preocupou mais com Marielle do que com seu chefe Supremo”, afirmou. 

Bolsonaro também insinuou que as declarações de Moro seriam uma forma de pavimentar sua candidatura à presidência. “Se ele quer ter independência, poderia ser candidato em 2022”, disse. “Ele fez acusações infundadas que eu lamento”, rebateu o presidente. (Portal Bem Paraná).

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