Senadores veem esperança em remédio que reduz carga viral da covid-19

Senadores se manifestaram favoravelmente aos testes com medicamento que reduz a carga viral da covid-19, medida que foi anunciada na quarta-feira (15) pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes. Segundo ele, cientistas brasileiros vão iniciar testes clínicos com um remédio que apresentou 94% de eficácia em ensaios de laboratório.

O senador Dário Berger (MDB-SC) classificou os testes como uma “uma dose de esperança para tempos tão difíceis”.

— Vamos aguardar e torcer para que a eficácia dos testes em pacientes seja comprovada nas próximas semanas — disse ele no Twitter.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também comentou o assunto por meio das redes sociais.

— Os testes em laboratório já apresentaram uma eficácia de 94% na redução da carga viral em células infectadas com o vírus. O próximo passo é a testagem em pacientes. A notícia é animadora!

Já o senador Rogério Carvalho (PT-SE), que é médico, afirmou que, por enquanto, ainda é preciso cautela e a manutenção das medidas de redução de contato entre as pessoas.

— Não podemos comemorar com tanto entusiasmo porque os testes foram feitos ‘in vitro’, ou seja, realizados em laboratório, e por isso, existe a possibilidade de ao ser usado em humanos haver interferências. É claro, que nos representa um alento, uma esperança, mas precisamos manter a cautela e continuarmos o isolamento social até haver uma solução definitiva.

O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) comemorou o anúncio do ministério. 

— Uma notícia esperançosa que chega do ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, em meio à crise provocada pela pandemia — disse ele no Twitter.

Os senadores Alvaro Dias (Podemos-PR) e Lasier Martins (Podemos-RS) também noticiaram o assunto em suas redes sociais.

Testes

Os testes serão feitos em 500 pacientes internados com covid-19, em sete hospitais do país: cinco no Rio de Janeiro, um em São Paulo e um em Brasília.

O medicamento vai ser ministrado por cinco dias nos pacientes, seguidos de nove dias para observação. Serão incluídos no estudo pessoas que chegarem aos hospitais com pneumonia e sintomas de covid-19: febre, tosse seca e opacidade de vidro fosco, revelada em tomografia.

O grupo de testagem será amplo, com qualquer pessoa maior de 18 anos, mas o fármaco não será ministrado a pacientes em estados muito graves. O paciente deverá assinar um termo de consentimento para participar do estudo, que consiste na administração aleatória do medicamento ou de placebo. A expectativa é que o estudo seja concluído em quatro semanas.

O nome do medicamento, desenvolvido pelo Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), em Campinas (SP), só será divulgado após o fim do protocolo de pesquisa clínica, até que seja demonstrada a sua eficácia e segurança em pacientes. (Agência Brasil/Agência Senado).

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