Pandemia em Santa Catarina vive “momento chave”, após quarentena amenizada, afirma infectologista

A liberação de atividades econômicas, a chegada do frio e a ampliação da testagem de casos suspeitos traz um “momento chave” para a pandemia do novo coronavírus em Santa Catarina. A análise é feita pela médica Sabrina Sabino, que integra a Sociedade Brasileira de Infectologia e acompanha a evolução da Covid-19 no Estado.

Para a especialista, o afrouxamento das medidas de isolamento social vai fazer com que SC tenha acentuada ascensão dos novos casos de coronavírus a partir da segunda quinzena de abril. Esse contexto, segundo Dra. Sabrina, será um termômetro do comportamento da pandemia no Estado, que deve alcançar o pico em meados de maio.

— Santa Catarina antecipou o isolamento social em uma semana em comparação a outros estados, o que foi muito bom. Só que agora (após a liberação gradual de alguns setores) as pessoas saíram de casa, estão nas ruas, e temos mais testagem e temperaturas mais baixas. Estamos em um momento chave e crucial para sabermos como vai ser o comportamento da pandemia no Estado — aponta a infectologista.

A médica ainda afirma que o aumento exponencial de casos em SC nos próximos 30 dias deve fazer com que o governo do Estado tenha de voltar atrás na flexibilização das regras de isolamento para frear o contágio do coronavírus.

— Conforme os casos aumentem, isso vai refletir necessariamente em uma reforçada na quarentena, assim como aconteceu em países como Espanha e Itália — indica a infectologista ao comparar com dois países europeus que tiveram de adotar medidas mais duras no combate à Covid-19.

No último fim de semana, vale lembrar, o governador Carlos Moisés (PSL) anunciou a retomada do comércio de rua, que se junta a outros setores já em atividade — como cadeia automotiva, concessionárias, construção civil, profissionais autônomos, barbearias, salões de beleza, clínicas médicas.

O próprio Moisés, durante entrevista coletiva, admitiu que pode retomar a rigidez da quarentena caso os índices da Covid-19 cheguem a outro patamar e que a flexibilização não necessariamente é definitiva. Além disso, municípios em que haja mais pacientes infectados pelo novo coronavírus têm liberdade para adotar medidas mais sólidas para brecar a doença. (Com informações do jornal A Notícia).


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