Morreu Gustavo Bebbiano, ex-Secretário Geral da Presidência da República

Morreu na madrugada deste sábado (14) em Teresópolis (RJ) o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gustavo Bebianno. Ele tinha 56 anos e sofreu um infarto fulminante por volta das 4 horas. Recém-filiado ao PSDB, Bebianno era pré-candidato do partido à prefeitura do Rio e trabalhava pelo projeto presidencial de João Doria.

O advogado presidiu o PSL durante a campanha de Jair Bolsonaro ao Planalto em 2018. Considerado homem de confiança do presidente, foi o primeiro grande aliado com quem Bolsonaro rompeu após assumir o mandato. Sua permanência no cargo não chegou a dois meses. Foi demitido por influência do vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente. Carlos via no então ministro o maior obstáculo para controlar a comunicação do pai e acusava o ex-presidente do partido de tramar contra Bolsonaro.

O ex-ministro afirmou, na ocasião, acreditar que o desfecho da passagem de Bolsonaro pelo Palácio do Planalto será mais uma página triste da história política brasileira: ou ele renunciará, ou sofrerá impeachment ou, na hipótese mais grave, tentará uma ruptura institucional, um golpe de Estado.Bebianno deixou o governo e, desde então, havia se tornado forte crítico de Bolsonaro. Em 29 de outubro do ano passado, o ex-ministro deu entrevista ao Congresso em Foco que gerou grande repercussão. Entre outras coisas, disse que Bolsonaro deixou o poder subir à cabeça, abandonou suas promessas de campanha para proteger e favorecer os filhos, cercou-se de “loucos” e faz uma gestão marcada pelo autoritarismo, pelo “desarranjo mental”, pela irresponsabilidade e pelo “desgoverno”.

“Não acredito que ele conseguiria consolidar uma ruptura institucional, mas tudo indica que ele vai tentar. É muito preocupante. Uma simples tentativa pode gerar muito derramamento de sangue. O Brasil não precisa disso. É um risco real”, disse. Segundo ele, o presidente dificilmente teria o apoio das Forças Armadas para levar o plano adiante por não gozar da confiança dos militares. (Congresso em Foco).

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