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Deputado Boca Aberta (PROS/PR) propõe amputar uma das mãos dos políticos corruptos

O deputado federal paranaense Boca Aberta (PROS) apresentou hoje projeto que prevê a amputação das mãos de políticos condenados por corrupção. Pela proposta, a punição atingiria desde o presidente da República, passando por governadores estaduais, deputados federais, senadores, deputados estaduais e vereadores, condenados pela Justiça após trânsito em julgado, sem mais possibilidades de recursos.

A proposta “dispõe sobre a amputação das mãos direita e esquerda de político que cometa crime de abuso de poder econômico, improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação até o trânsito em julgado”.

Na justificativa do projeto, o parlamentar alega que “o Brasil tem o 2º maior índice de corrupção do mundo, perdendo apenas para a Nigéria”, e que “é o único país do mundo que não tem absolutamente nenhum político preso (ou apenas um) por corrupção”.

Boca Aberta cita ainda que “na China, por exemplo, corrupção comprovada é punida com pena de morte ou prisão perpétua”, e que “o Irã é outro país que pune com a morte aqueles que praticam corrupção, embora execuções sejam muito menos comuns para esse tipo de crime do que para assassinatos, estupros e roubos”. Segundo ele, “pelo menos 360 pessoas foram executadas no Irã em 2011”.

O deputado também cita como exemplo a Coreia do Norte, que, segundo ele, “também condena corruptores à morte”. “A população está cansada de sofrer nas mãos de políticos inescrupulosos e frios, pessoas más, desumanas”, afirma.

Em dezembro, o Conselho de Ética da Câmara aprovou a suspensão do mandato de Boca Aberta por seis meses, por quebra de decoro parlamentar e abuso de autoridade por invadir uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jataizinho (região Norte), assunstando médicos e profissionais de saúde, filmando e postando vídeos nas redes sociais. O relatório inicial propunha a cassação do mandato, mas foi alterado para a suspensão. O deputado recorreu à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que ainda não julgou o caso. (Bem Paraná).

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