Sem coligações para vereadores, o pleito de 2020 em União da Vitória (PR) e Porto União (SC) poderá ter resultados imprevisíveis

Prefeitos, vice-prefeitos e vereadores dos municípios de Porto União (SC) e de União da Vitória (PR) serão escolhidos pelos eleitores em outubro para os próximos quatro anos: janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2004. 

E é a primeira vez que os partidos concorrerão isolados nas disputas para vereador, uma vez que estará em vigor o dispositivo da reforma eleitoral que veda as coligações proporcionais nas eleições municipais. 

A novidade força as siglas partidárias e os candidatos a repensarem suas estratégias. A principal alteração poderá (ou não) aumentar do número de candidatos a prefeitos e a vices, uma vez que a chapa majoritária, historicamente, puxa votos para as candidaturas proporcionais, com o eleitor votando na legenda de seu candidato a prefeito, ou escolhendo um vereador alinhado a ele.

O fim das coligações proporcionais pode aumentar o número de candidatos a vereadores, considerando que antes eles se reuniam em torno de uma candidatura majoritária, mas, agora, como o voto de legenda, por exemplo, será para o partido e não para a coligação, é natural que mais partidos queiram lançar seus candidatos.

Por enquanto, apenas especulações internas das várias agremiações que estão habilitadas em nossos municípios, principalmente PSDB, MDB, PSB, DEM, além, claro, de várias outras, como os novos PSL e Aliança para o Brasil (este último comandado pelo presidente Bolsonaro).

De acordo com a nova legislação, candidatos a prefeito e a vice (chapa majoritária) podem coligar com outro partido (exemplo: prefeito do PSDB e vice do MDB), mas para os legislativos municipais não, situação que torna mais difícil a eleição do vereador, que passa a depender somente do seu partido.

Aí será o fim daqueles que, como acontecia, chegavam a ocupar o cargo com votações insignificantes, muitas vezes bem inferiores a candidatos de coligações de outros partidos.

É também possível que vários partidos não possam lançar seus candidatos a prefeito e a vice, complicando a pretensão dos que pensam em concorrer aos nossos legislativos.

Numa eventual coligação na majoritária entre dois partidos – prefeito e vice, que é permitida – como vão agir os dois candidatos? Complicado, com certeza. Nesse caso o ideal é chapa com candidatos a prefeito e a vice da mesma agremiação.

A expectativa é grande dos atuais vereadores que pensam na reeleição, já que a nova realidade criada com o fim das coligações preocupa, principalmente aqueles que ocupam cadeiras nos legislativos com votações insignificantes que conseguiram no pleito de 2016, mas que foram ‘carregados’ com a sobra dos votos das coligações.

Mas ainda temos alguns dias de fevereiro, o carnaval, depois com o clima no mês de março começando a esquentar a valer e no começo de abril as decisões imprevisíveis, notadamente dos vereadores, que devem aproveitar a ‘janelinha’ que permite a mudança de partido, o que é ‘normal’ num país onde não existe fidelidade à ideologia política, mas apenas os interesses pessoais e de grupos.

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