Bolsonaro vai demitir secretário da Cultura e Ministério do Turismo

O presidente Jair Bolsonaro vai  demitir Roberto Alvim do comando da secretaria nacional de Cultura do Ministério do Turismo. A informação foi confirmada pelo Congresso em Foco com dois auxiliares próximos do governo.

O dramaturgo  é alvo de uma enxurrada de críticas após parafrasear um discurso nazista ao anunciar premiação na área cultural.

Alvim está no cargo há pouco mais de dois meses, desde o dia 7 de novembro. Antes dele, a secretaria era subordinada ao Ministério da Cidadania e ocupada por Ricardo Braga, que ficou dois meses no comando da área.

Braga substituiu Henrique Pires que foi nomeado no início do governo de Jair Bolsonaro e ficou até agosto.

Entenda o caso

Roberto Alvim usou trechos de um discurso do ministro de propaganda na Alemanha Nazista, Joseph Goebbels, para divulgar  na noite de quinta-feira (16) o novo programa do governo de Jair Bolsonaro para a Cultura, o Prêmio Nacional das Artes.

Por isso, tornou-se alvo de uma enxurrada críticas nas redes sociais: os termos Alvim, Goebbels e Nazista estão nos assuntos mais comentados do Twitter na manhã desta sexta-feira (17).

No vídeo de divulgação do Prêmio Nacional das Artes, que foi publicado pela própria Secretaria Especial da Cultura nas redes sociais na noite dessa quinta-feira (16), Alvim diz que a premiação vem para reconhecer que a arte brasileira da próxima década será heróica, nacional e imperativa. O discurso é semelhante às promessas de Goebbels no governo de Adolf Hitler.

Compare os dois discursos:

Segundo o livro Goebbels: a Biography de Peter Longerich, Goebbels anunciou o seguinte para os diretores de teatro da Alemanha Nazista: “A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”.

 Já no vídeo da Secretaria de Cultura brasileira, Alvim diz: “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada”.(Congresso em Foco).

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