Ministro Sérgio Moro chama Lula de ‘criminoso’ e diz que ex-presidente ‘só merece ser ignorado’
Um dos “alvos” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em discurso proferido ontem em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, o ex-juiz e hoje ministro da Justiça Sergio Fernando Moro reagiu via redes sociais às críticas feitas pelo petista.
Ainda ontem, em seu perfil oficial no Twitter, Moro escreveu: “Aos que me pedem respostas a ofensas, esclareço: não respondo a criminosos, presos ou soltos. Algumas pessoas só merecem ser ignoradas.”
Há pouco, por volta de meio-dia, voltou ao microblog e publicou mais um Tweet, acompanhado da foto de um outdoor de Toledo, no Paraná, em que aparece o próprio ex-juiz e o presidente Jair Bolsonaro. Nessa postagem, disse que “a resposta aos avanços efêmeros de criminosos não pode ser a frustração, mas, sim, a reação, com a votação e aprovação no Congresso das PECs para permitir a execução em segunda instância e do pacote anticrime.”
Lula, por sua vez, declarou ontem que poderia ter ido a alguma embaixada ou partido para algum outro país para fugir da condenação da Justiça Federal – Sergio Moro foi responsável pelo julgamento do caso do Tríplex do Guarujá em primeira instância.
“Poderia ter ido a uma embaixada, a um outro país, mas tomei a decisão de ir lá, porque eu preciso provar que o juiz Moro não era juiz, era um canalha que estava me julgando. Eu precisava provar que o Dallagnol não representa o Ministerio Público, que é uma instituição séria. O Dallagnol montou uma quadrilha com a Força-tarefa da Lava Jato para roubar dinheiro da Petrobras e das empreiteiras. Poderia ter fugido como refugiado político, mas fiquei para ir lá pertinho deles e desmontar a farsa”.
O petista afirmou ainda que durante o período em que ficou preso se “preparou espiritualmente” para “não ter ódio, não ter sede de vingança, não odiar meus algozes”.
“Cá estou eu, livre como um passarinho, e durmo com a consciência tranquila dos justos e dos honestos. Eu duvido que o Moro ou o Dallagnol durmam com a consciência tranquia que eu durmo. Aliás, eu duvido que o Bolsonaro durma com a consciência tranquila que eu durmo. E eu quero dizer para eles: eu estou de volta”, bradou o ex-presidente. “Fiquei 580 dias sem ter com quem falar. Eu agora quero falar”, disse na sequência, após uma interrupção no discurso por falhas no microfone. (Com informações do Bem Paraná).