Janaina Paschoal e Procurador de Santa Catarina querem o impeachment do ministro Toffoli “por decisão criminosa”
“Janaina Paschoal, que figura entre os autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, protocolou hoje no Senado um pedido de impeachment de Dias Toffoli.
A atual deputada estadual do PSL de São Paulo assina o documento juntamente com o procurador do MP de Minas Gerais Márcio Luís Chila Freyesleben, o promotor do MP de Santa Catarina Rafael Meira Luz e o promotor do Distrito Federal e Territórios Renato Barão Varalda — integrantes do MP Pró-Sociedade.
O motivo é a suspensão por Toffoli de todos os processos judiciais instaurados sem supervisão da Justiça que envolvem dados compartilhados por Coaf e Receita Federal.
Os autores abordam o “processo de depuração” por que passa o país, para acusar Toffoli de aproveitar o caso de Flávio Bolsonaro, filho do presidente, para beneficiar acusados de esquerda e direita:
“Se esse processo de depuração trouxe resultado muito positivos, trouxe também um bastante negativo, qual seja a polarização do país. Com efeito, dado o fato de a presidente afastada e o presidente preso se identificarem com a esquerda, seus apoiadores passaram a contestar a legitimidade desse processo de depuração. Por outro lado, também por força dos graves crimes, da esquerda, os assim chamados direitistas sempre defenderam os inquéritos e processos que visam responsabilizar os culpados. Exemplo claro disso reside nas recentes manifestações populares em apoio à Operação Lava Jato.
Pois bem, detentor de inteligência rara, o Ministro ora denunciado sabia que se prolatasse a decisão criminosa em pleito oriundo de um político esquerdista, em poucos minutos, as ruas estariam repletas de manifestantes.
A fim de neutralizar a resistência popular, o denunciado aguardou que chegasse as suas mãos um pedido perfeito, justamente o pedido (atravessado em petição avulsa) do filho do Presidente da República, de matriz declaradamente direitista.
Nesse contexto, a esquerda não reclama, pois seus principais nomes, implicados em crimes graves, findam beneficiados e, ao mesmo tempo, a direita não reclama, temendo desagradar seu mito, quem seja, o Presidente da República . Uma vez mais, o Brasil dividido entre subservientes a deuses terrenos.” (Do Antagonista).