Acareação Beto x Garcia pode complicar ainda mais a vida do ex-governador do Paraná
A barra voltou a pesar para o ex-governador Beto Richa e todos os investigados na Operação Rádio Patrulha. Há 15 acusados, que vão de políticos a agentes públicos e a empresários, que estariam num esquema de geração de propinas por meio de contratos fraudulentos entre o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e empresas de locação de máquinas para o programa Patrulhas do Campo, lançado no início do primeiro mandato de Beto Richa, e que se destinava à conservação de rodovias rurais.
Entre os acusados estão Beto Richa, seu irmão, o ex-secretário de Infraestrutura, Pepe Richa, os ex-secretários Deonilson Roldo e Ezequias Moreira, o ex-diretor do DER Nelson Leal e o primo de Richa Luiz Abi Antoun, que escafedeu-se para o Líbano.
Depois de ficar trancada desde 31 de janeiro por ordem do presidente do STJ, João Otávio de Noronha, a ação penal referente à Operação Rádio Patrulha volta a tramitar na 13.ª Vara Criminal de Curitiba, conforme decisão tomada hoje pela Sexta Turma da corte. Quando do trancamento, estavam agendadas 62 audiências de oitiva de acusados e testemunhas. A primeira delas previa a acareação de duas figuras-chave do processo – Beto Richa e o delator Toni Garcia.
A decisão do STJ de devolver o processo à normalidade obrigará a 9.ª Vara Criminal a reagendar as audiências. (Blog de Fábio Campana).