SC-135 agora é problema de um coronel do Exército, mas sobre os partidos da tríplice aliança – PMDB/DEM/PSDB – pesa essa ‘porcaria de asfalto desse trecho’

O coronel da reserva do Exército Carlos Hessler, atual secretário da Infraestrutura e Mobilidade do Governo de Santa Catarina, esteve ontem em Porto União.

No auditório do fórum da comarca participou de uma reunião com o juiz João Carlos Franco, o promotor Tiago Schmidt, o prefeito Eliseu Mibach e o empresário Décio Pacheco, responsável pela empresa que está executando um projeto que, na nossa opinião, porque conhecemos muito bem a maneira apressada e irresponsável como esse trecho foi asfaltado pelo Governo do Estado (gestão de Luiz Henrique da Silveira), é apenas ‘paliativo’, porque na verdade a SC-135 entre Porto União a Matos Costa precisa ser totalmente revitalizado.

Na reunião o secretário Carlos Hess ouviu com atenção a manifestação do promotor Tiago Schmidt, do empresário Décio Pacheco, que com problemas procura cumprir os termos do contrato de melhoria da estrada, com prejuízos, porque trabalha com valores ainda de 2013, além de ter providenciado técnicos de uma empresa para realizar a fiscalização do que está sendo realizado.

O juiz João Carlos Franco ouviu com atenção todas todas as explanações, inclusive do prefeito Eliseu Mibach, que tem procurado sensibilizar o Governo do Estado sobre a necessidade da SC-135 ter um tratamento especial, enfatizando também a necessidade de que sejam tomadas providências para o trecho do acesso da BR-280 ao distrito de Santa Cruz do Timbó, cujo asfaltamento também não teve durante sua execução a necessária fiscalização do Deinfra e já apresenta problemas sérios.

Na reunião ficou claro que o Ministério Público e o Poder Judiciário de Porto União estão preocupados com o precário estado desse trecho da SC-135.

O secretário Hessler faz uma exposição da situação financeira em que se encontra o Governo do Estado, com poucos recursos disponíveis para as melhorias urgentes na infraestrutura rodoviária do Estado, que não são poucos.

Uma nova reunião deve ser realizada no dia 12 de maio com o Ministério Publico e o Poder Judiciário, quando o coronel-secretário deve vir a Porto União com uma solução do problema, ou pelo menos mais consistente.

Depois da reunião no fórum, o secretário, acompanhado pelo prefeito Mibach e pelo empresário Pacheco, foi até a região do Pintadinho, local onde o trecho da rodovia é mais crítico.


Ali, o secretário, ouviu de Décio e de técnico da empresa que fiscaliza a obra explicações do que está sendo feito, provavelmente mas saiu consciente de que o que está sendo realizado é apenas um trabalho provisório, não definitivo.

Já escrevi isso várias vezes, mas repito: esse trecho da SC-135 foi asfaltado apressadamente, irresponsavelmente, sem fiscalização do Deinfra e com o projeto original alterado. 

Isso para tornar mais fácil e rápido, porque deveria estar concluído para ser inaugurado no prazo eleitoral permitido pelo então governador que era candidato à reeleição e o adversário era exatamente aquele que em sua primeira gestão iniciou o asfaltamento do trecho Caçador/Calmon/Matos Costa, obra interrompida na gestão de Pedro Ivo Campos, que não teve continuidade nas seguintes de Calsildo Maldaner, Vilson Kleinubing e Paulo Afonso.

Amin voltou após Paulo Afonso, mas as finanças do Estado estavam arrasadas, com salários atrasados, dívidas com fornecedores e as famosas ‘letras podres’. 

Amin recuperou as finanças e a credibilidade do Estado, conseguindo recursos do Banco Mundial para obras rodoviárias, entre as quais para a antiga SC-302, hoje SC-135, mas não foi feliz na sua reeleição.

Só para refrescar a memória de alguns líderes políticos, principalmente aqueles que com acidez criticam o ex-governador Raimundo Colombo, que as duas vitórias consecutivas do falecido LHS e depois duas de Colombo, foi fruto da ‘gloriosa tríplice aliança’ do PMDB/PSDB/DEM. 

Significa que sobre os ombros da maioria dos dirigentes e líderes políticos de Porto União, pesa “essa m…” da SC-135.

Por uma questão de respeito à história, excluo o atual tucano Eliseu Mibach. Era o prefeito quando da inauguração da estrada, mas estava fora do esquema da ‘famigerada’ aliança tríplice.

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