Ex-governador Beto Richa, sua esposa e mais cinco pessoas viraram réus na Operação Quadro Negro
O ex-governador Beto Richa (PSDB) e mais seis pessoas – sendo uma delas a mulher dele, Fernanda Richa – viraram réus na Operação Quadro Negro, que investiga desvios de verbas em escolas públicas do Paraná. Nesta segunda-feira (1), o juiz Fernando Bardelli Silva Fischer, da 9ª Vara Criminal de Curitiba, decidiu aceitar uma denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Pela denúncia do MP, Richa é acusado de obstrução de investigação de organização criminosa no âmbito da operação. Além dessa denúncia, a ex-primeira-dama também é acusada de organização criminosa. Os outros acusados de obstrução de investigação são o operador financeiro Jorge Atherino, Rafael de Sarandy Wawryniuk (genro de Atherino), o ex-diretor da Secretaria de Educação Maurício Fanini, o empresário João Gilberto Cominese Freire e o ex-procurador Sérgio Botto de Lacerda.
“Verifico a existência da justa causa para exercício da ação penal, consubstanciada nos elementos indiciários e elementos de prova que instruem os autos e que representam lastro probatório da materialidade e de indícios suficientes de autoria dos delitos de obstrução de investigação de organização criminosa e organização criminosa atribuídos aos denunciados”, afirmou o juiz, ao aceitar a denúncia.
A Operação Quadro Negro apura desvios de mais de R$ 20 milhões de obras de escolas públicas do estado, entre 2012 e 2015. Richa é acusado pelo Ministério Público como chefe de uma organização criminosa que criou um sistema de corrupção para conseguir propina por meio do favorecimento de empresas privadas contratadas pelo governo. (Bem Paraná).