Dos Estados Unidos, governador Carlos Massa Ratinho Junior exonera homem de confiança de Valdir Rossoni
Ratinho Jr está nos Estados Unidos, mas acompanha pari passu o que acontece no governo. Ou seja, não adiante fazer enquanto ele está fora que não vai passar. Eduardo Paim foi nomeado gerente da Agepar, em cargo DAS 1, de invejável salário. Saiu no Diário Oficial. Pois Ratinho Jr não teve dúvidas, pelo telefone mandou que o desnomeassem imediatamente. E ainda passou uma carraspana na moçada responsável pela nomeação.
Por que Ratinho fez isso? Nada de pessoal, mas ele já disse uma centena de vezes que não quer em seu governo quem esteja envolvido em falcatruas investigadas pelo Ministério Público. Ora, pois, o bravo Eduardo Paim sempre foi escudeiro da máxima confiança de Valdir Rossoni.
Foi seu chefe de gabinete quando Rossoni era presidente da Assembleia. E citado nas investigações da Operação Quadro Negro como a ponte entre Rossoni e Eduardo Lopes de Souza, dono da Construtora Valor e distribuidor de propinas retiradas de verbas destinadas à construção e reforma de escolas públicas no Paraná. No Leia Mais há um trecho da delação de Paim à Operação Quadro Negro.
“Eu mandei a Vanessa comprar dois aparelhos celulares pré-pagos da TIM e deixar um comigo e entregar o outro para o Eduardo Paim, chefe de gabinete do deputado Rossoni. Acredito que esses aparelhos ficaram cadastrados em nome da Vanessa. A ideia era ter uma linha segura para tratar exclusivamente dos repasses ao deputado, e assim foi feito”.
“Eu tinha livre acesso na Assembleia, onde só precisei me identificar da primeira vez que lá estive. Nas seguintes, o vigia só me cumprimentava e eu já entrava, sem qualquer registro ou controle. Eu subia até a presidência, passava pela sala do Paim e chegava na sala do Gerson. Eu entregava o dinheiro e ele contava ali na minha frente. Às vezes ele reclamava que eu levava o dinheiro na sacola sem colocar nada junto para disfarçar. Durante as obras em Bituruna, eu ia na Assembleia praticamente toda semana”.
“Depois de uns três meses que eu comecei a trabalhar em Bituruna, o Eduardo Paim virou pra mim e falou “só por amor não existe” e pediu que eu fizesse uma colaboração “por fora” para ele. Eu perguntei se R$ 5.000,00 ajudaria, e ele disse sim, desde que fosse todos os meses. Eu entreguei esse dinheiro para ele ao longo de um ano. O Gerson e o deputado Rossoni não sabiam desse pagamento. O Paim pediu para ficar “só entre nós dois”.(Blog de Fábio Campana).