Ex-governador Pinho Moreira está sendo “bombardeado” em todo o estado de Santa Catarina

Protestos contra os decretos do governador Eduardo Pinho Moreira (MDB), elevando alíquotas do ICMS sobre o setor produtivo, incluindo a cesta básica, multiplicaram-se no Estado. Foram vários pronunciamentos de deputados de diferentes partidos requerendo a revogação dos atos e enfatizando seu caráter prejudicial para a economia e a sociedade.  E novas críticas de entidades empresariais e corporativas no mesmo sentido.

O líder do governo na Assembleia, deputado Coronel Mocellin (PSL), tenta apagar os incêndios. Da tribuna, disse que os decretos não foram solicitados pelo governador Carlos Moisés (PSL) e anunciou que a Procuradoria Geral do Estado tem parecer contrário à assinatura de ato revogando os dois decretos de Pinho Moreira.

Propôs um armistício para negociação de uma saída política com a participação da Assembleia Legislativa.  Até a hipótese de prorrogação do prazo de vigência dos aumentos tributários vem sendo cogitada no governo.

Neste fim de semana, o Cofem publica um manifesto pedindo “respeito a quem gera os tributos”. Ratifica a declaração do presidente da Fiesc, Mário Cezar de Aguiar, repudiando declarações do secretário da Fazenda, Paulo Eli, que considera desrespeitosas, quando generaliza críticas ao setor produtivo.

– Incentivos à economia não representam renúncia fiscal, e a solução para correção de eventuais distorções passa pelo diálogo –  enfatiza o documento do Cofem.

O presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt, também aciona o gatilho contra Eli, por confundir a população, “falando em desoneração, renúncia fiscal e benefício fiscal como se fossem a mesma coisa”.  Classifica de “irresponsável” a relação feita pelo secretário entre benefícios fiscais e pagamento de salários dos servidores.

No interior, as reações das lideranças empresariais são ainda mais contundentes contra os decretos e a  posição do governo Carlos Moisés da Silva. (Moacir Pereira).

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