Docente da Uniguaçu realiza pesquisa que contribui para a expansão da canola no Brasil
Professor Elizandro Fochesatto realiza as atividades de pesquisa na Fazenda Experimental da Uniguaçu desde 2017
As atividades de pesquisa com a cultura da canola na Fazenda Experimental da Uniguaçu, tiveram início em 2017 com o professor Elizandro Fochesatto, e estão vinculadas à um projeto de pesquisa com a Embrapa Trigo, objetivando estudar as Estratégias de manejo associadas a respostas ecofisiológicas da canola em lavouras brasileiras.
Dentro do projeto o professor Elizandro, juntamente com acadêmicos de Iniciação Científica, vem montando experimentos na Fazenda Experimental da Uniguaçu, visando estudar estratégias de manejo como posicionamento de híbridos de canola em diferentes épocas de semeadura, entendendo a resposta deste híbridos nas diferentes épocas, para posteriormente, fazer um indicativo de qual a melhor época de semeadura para a canola na região de União da Vitória, buscando elevar o patamar de rendimento de grãos e tornando a cultura rentável para os produtores rurais. Além disso incentivar o cultivo da canola e fomentar a importância e as potencialidades desta cultura.
Conhecendo pouco sobre cultura da canola, atualmente é a segunda oleaginosa mais produzida a nível mundial, devido a demanda do óleo vegetal para produção biodiesel e alimentação humana. Uma das grandes vantagens em cultivar canola é a inserção no sistema de rotação de culturas contribuindo em vários aspectos, como por exemplo ciclagem de nutrientes, quebra e sucessão de pragas e doenças, ainda pode ser destacado a importância na atividade apícola. Outro ponto positivo, é o preço pago ao produtor, que se equipara a soja.
No campo, o maior entrave para a cultura é o baixo rendimento médio de grãos, que nos últimos cinco anos foi de 1.148 kg/ha, valores muito abaixo do potencial genético de rendimento de grãos dos genótipos em uso, atualmente, superiores a 3.500 kg/ha. Existe alta variabilidade no rendimento de grãos nas diferentes regiões do Brasil e entre produtores dentro de uma mesma região, sendo que, alguns produtores da região Sul obtêm rendimentos de grãos na faixa de 1.800 a 2.000 kg/ha. Isto representa quase o dobro da média nacional, porém, mesmo estes valores ainda permanecem distantes do potencial genético de rendimento de grãos dos genótipos de canola.
Portanto, dois principais desafios de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, precisam ser equacionados para que ocorra um processo virtuoso de expansão da cultura da canola no Brasil: a) estabilizar um nível mínimo de rendimento de grãos nas lavouras, assegurando a viabilidade econômica do cultivo; e, b) elevar o rendimento de grãos que tem sido obtido historicamente.
Inserido dentro deste contesto de desafios para expansão da canola no Brasil, está a “alta variabilidade meteorológica dos ambientes de produção da canola no Brasil, associados à ocorrência de eventos climáticos adversos, que contribuem para o baixo rendimento médio de grãos na cultura da canola”. Este é um dos principais pontos que estão sendo estudados na região de União da Vitória, buscando entender como a variabilidade climática da região influencia no crescimento, desenvolvimento e rendimento de grãos da canola.
Espera-se com os estudos já realizados e com os estudos nos próximos anos, poder entender a resposta da canola as condições climáticas da região e poder indicar para os produtores rurais qual a melhor época de semeadura para obtenção de sucesso no rendimento de grãos, além de mostrar resultados satisfatórios de incentivo e fomento do cultivo de canola na região Sul do Paraná e Planalto, Planalto Norte e meio Oeste Catarinense.
Além disso, outros estudos estão sendo realizados em paralelo com a cultura da canola na Uniguaçu, estes sendo de reponsabilidade do professor Anderson Luiz Durante Danelli, juntamente com seus acadêmicos orientados, avaliando e quantificado as doenças que ocorrem na canola nos experimentos já conduzidos e nos que irão ser conduzidos na Instituição nos próximos anos.
O professor Elizandro Fochesatto destaca que o trabalho de pesquisa em condução desde 2017 é muito importante para a expansão da canola no Brasil e também coloca a Uniguaçu como instituição de ensino privada em destaque, pela contribuição com a pesquisa em canola juntamente com as demais instituições público/privadas do Brasil. (Assessoria da Uniguaçu).