“Na política tudo é possível”, diz Valdir Rossoni sobre a disputar a Prefeitura de União da Vitória

O deputado federal Valdir Luiz Rossoni, que no próximo dia 31 de janeiro, quando termina seu primeiro mandato como deputado federal, já que foi não reeleito, perdendo mais de 100 mil votos dos que teve em 2014, parece não está muito desanimado.

Pelo menos é o que pode se sentir na entrevista que ele concedeu segunda-feira (21) ao jornalista Guilherme Zimermann na Rádio Club de Palmas, respondendo até pergunta sobre a possibilidade de concorrer à Prefeitura de União da Vitória.

A entrevista

“Encerrando seu mandato na Câmara Federal, Valdir Rossoni (PSDB) esteve em Palmas, Sul do Paraná, nesta segunda-feira (21), onde, em entrevista à Rádio Club/RBJ, fez uma avaliação do seu trabalho nos últimos quatro anos, que dividiram-se entre Brasília, como deputado federal, e Curitiba, onde atuou como Secretário da Casa Civil entre 2016 e 2018, no governo do também tucano Beto Richa.

Conforme ele, a sua passagem por Palmas foi dividida entre atividades políticas e também de negócios, já visando o inicio do seu período fora da política, ao menos no que se refere à ocupação de cargos públicos.

Eleito prefeito de Bituruna em 1982, desde então Rossoni só esteve fora de cargo político entre 1989 e 1990, quando foi eleito deputado estadual pela primeira vez, cargo que exerceu até 2014, quando foi eleito deputado federal.

Considerado um dos nomes fortes da política do Estado, sobretudo durante o período em que esteve na Casa Civil, Rossoni aponta que a ânsia de renovação por parte do eleitorado e episódios de corrupção no governo estadual foram decisivos para a sua derrota. “Eu tenho a consciência tranquila e não lamento a minha não eleição. Acho que foi um aprendizado”, reflete.

Avalia ainda que o excesso de confiança também prejudicou sua campanha. “Um exemplo é Palmas. Os amigos diziam que eu seria o mais votado do Estado e quando nós fomos acordar a eleição já tinha ido embora. Outro problema foi o ‘efeito Bolsonaro’. Eu acho que tivemos boas renovações na política, mas também tivemos péssimas. Nós vamos ver no decorrer do tempo”, afirma.

Sobre seu futuro, disse que irá seguir trabalhando, sem perspectivas de assumir novos cargos públicos, apesar de ter declarado apoio a Ratinho Júnior durante a campanha eleitoral. Questionado sobre a possibilidade de disputar a prefeitura de União da Vitória, uma de suas bases eleitorais, disse que nunca havia pensado na ideia – “Não sabia que havia esse comentário”, afirmou – mas deixou o cenário em aberto. “Na política tudo é possível”, ponderou Rossoni”.

34 anos com mandato

Rossoni, que não conseguiu sua reeleição para um segundo mandato na Câmara Federal em outubro passado, no dia 31 de janeiro completa 34 anos como detentor de cargo público. Foram 6 anos como prefeito de Bituruna, 24 anos como deputado estadual e 4 como deputado federal.

Essa ideia de concorrer à Prefeitura de União da Vitória não é nova não. Essa possibilidade já havia sido analisada por ele e seu companheiros anos atrás. Agora se é possível de ser candidato a prefeito, é difícil de afirmar, principalmente porque na sua segunda reeleição para a Câmara Federal, depois de uma expressiva votação em 2014 de mais de 15 mil votos, caiu agora em 2018 para bem menos de 5 mil.

E para ser justo, respeitando a vontade do eleitorado de renovação, na condição de Chefe da Casa Civil, Rossoni dedicou atenções especiais para União da Vitória.

Mas isso, no entendimento de muita gente, certamente não o credencia para ser o prefeito, mas como ele mesmo diz que “em política tudo é possível”.

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