Obras de revitalização da Praça Coronel Amazonas de União da Vitória “redescobre o Brasil”
– Assessoria de Imprensa da PMUVA
Mapa físico do Brasil construído na década de 1940 foi soterrado por uma reforma da praça Coronel Amazonas em gestão anterior. O grande achado será revitalizado e protegido por piso de vidro blindado para voltar a ser símbolo de patriotismo
Ciente de que havia um verdadeiro tesouro guardado na praça no centro de União da Vitória (PR), o prefeito Santin Roveda aguardou o momento carto para solicitar um trabalho minucioso: a obra de reforma da praça Coronel Amazonas. Por meio de conversa com familiares e moradores mais antigos, Santin foi alertado para o mapa físico do Brasil construído na década de 1940 pela gestão de José Cleto.
Iniciadas em 13 de novembro, as ações da revitalização focaram no objetivo de desenterrar o tesouro histórico. E deu certo. Desse modo, a obra vai modernizar o ambiente preparando o espaço para o futuro. Mas isso se dará não apenas olhando para o amanhã, já que o monumento foi redescoberto esta semana.
Conforme mostra a reprodução de fotografia antiga, o mapa horizontal fica bem ao centro do calçadão da praça. Porém, ele foi soterrado por uma reforma ordenada por gestão anterior e ficou quase duas décadas no esquecimento, até que a gestão Santin/Bachir resolvesse recuperar aquele que foi o símbolo maior das atividades cívicas locais.
Agora, o mapa será protegido por um piso de vidro blindado e os visitantes poderão caminhar por sobre o monumento. “Vamos salvar e valorizar essa relíquia. União da Vitória ficou anos, décadas na verdade, escondida, com a sociedade se achando enfraquecida. Imagine! Um lugar maravilhoso como nosso município, com suas belezas naturais e história absolutamente fantástica, com sua gente trabalhadora ansiosa por ver União da Vitória voltar a crescer política e economicamente. E vamos continuar trabalhando para que isso não pare. Vamos continuar crescendo e arrumando a casa”, disse Santin.
A redescoberta
O prefeito em exercício, Bachir Abbas, esteve pessoalmente no canteiro de obras para acompanhar o início desta redescoberta. Inicialmente, uma retroescavadeira da secretaria de obras foi utilizada para remover aproximadamente 60 cm de terra. Depois, os operários, sob comando do secretário Aloísio Salvatti, utilizaram ferramentas manuais para evitar danos ao mapa que é feito de concreto, com os estados brasileiros diferenciados por cores do cimento queimado, até que preservadas.
“Foi emocionante. No momento em que eu ouvi o som da pá encontrando a base de cimento, percebi que havíamos recuperado parte de nossa história”, disse Bachir.
Ele mesmo lembra dos momentos em que as horas cívicas ocorriam no espaço. “E vivemos um momento de esperanças e positivismo focado também no respeito aos valores pátrios.
Aqui em União da Vitória, aliás, essa onda de otimismo vem desde o início de nossa gestão, onde o prefeito Santin tem sempre reforçado a importância de se acreditar em nossos potenciais. E ver esse mapa fantástico emergindo da clausura a que foi submetido justamente num momento em que estamos para dar posse ao novo Presidente da República, Jair Bolsonaro, torna a ação ainda mais forte. Espero que ele [o mapa] simbolize também o ressurgimento do Brasil como um todo”, destacou Bachir. A praça e a obra.
A área é de aproximadamente 5.600 m² dispostos em uma configuração hexagonal tem em seu entorno construções importantes como a antiga sede da prefeitura, o Grupo Escolar Professor Serapião, a centenária Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus e o prédio principal da Unespar/Escola José de Anchieta.
Batizada com o nome Coronel Amazonas de Araújo Marcondes, a praça receberá de volta, também, um busto em homenagem àquele que é considerado o fundador de União da Vitória.
A obra deve durar oito meses, prazo dado para a Construtora Giralda, de Araucária (PR) aplicar o projeto arquitetônico que é assinado pela Secretaria de Planejamento.Os investimentos de R$ 1.610.453,30 são a fundo perdido e oriundos de emenda parlamentar do deputado federal Valdir Rossoni.
As ações no local incluem drenagem e águas pluviais; calçadas, canteiro, bancos, lixeiras, bicicletários, iluminação, a construção de dois quiosques, uma fonte interativa com espelho d’água, pergolado em madeira, um museu ao ar livre e arco decorativo, além do remanejamento de monumentos existentes: monumento rosa dos ventos, monumento mapa do Brasil.
O mapa do Brasil de 1942
Após fazer estudos e analisar diferentes propostas, o IBGE sugeriu que fosse adotada a divisão feita em 1913 com algumas mudanças nos nomes das regiões brasileiras.
A escolha foi aceita pelo presidente da República e adotada em 1942, logo ela seria alterada com a criação de novos Territórios Federais.
Em 1942, o arquipélago de Fernando de Noronha foi transformado em território e incluído na região Nordeste. Em 1943 foram fundados os territórios de Guaporé, Rio Branco e Amapá — todos parte da região Norte –, o território de Iguaçu foi anexado à região Sul e o de Ponta Porã, colocado na região Centro-Oeste. A divisão em grandes regiões tinha de acompanhar as transformações que estavam ocorrendo na divisão em estados e territórios do país.
Na região Norte, estavam os estados do Amazonas e Pará, os territórios do Acre, Amapá, Rio Branco e Guaporé. A região Nordeste foi dividida em ocidental e oriental. No Nordeste ocidental, encontravam-se Maranhão e Piauí. No oriental, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, além do território de Fernando de Noronha. Ainda não existia a região Sudeste, mas uma região chamada Leste, dividida em setentrional e meridional. Sergipe e Bahia estavam na parte setentrional. Na meridional, ficavam Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro (na época, sede do Distrito Federal). A região Sul incluía os estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, além do território de Iguaçu. E, na região Centro-Oeste, os estados de Mato Grosso e Goiás e o território de Ponta Porã. (Fonte IBGE)