A acachapante vitória de Jair Bolsonaro e do Comandante Moisés em Santa Catarina
(Moacir Pereira) –
Impressionantes os números sobre o resultado das eleições para o governo de Santa Catarina e para a Presidência da República. Mas não surpreendentes.
O comandante Moisés conquistou o direito de governar o Estado com uma extraordinária força política, legitimado com uma diferença de um milhão e meio de votos contra o adversário Gelson Merisio.
E o deputado Jair Bolsonaro assumirá o comando do governo federal com um poder nunca antes conferido pela esmagadora maioria da população: o do voto popular, que se agigantou de forma espontânea por todas as regiões do Brasil.
Em Santa Catarina, a vitória dos dois candidatos foi acachapante, pelos números finais. Bolsonaro levou mais de 76% dos votos e o Comandante Moisés levou mais de 70%. Quer dizer, os dois levaram mais de dois terços dos votos do eleitorado aqui no Estado.
O que ocorreu foi um fenômeno único na história do Brasil, uma verdadeira revolução pelo voto contra a corrupção, contra a falta de ética e contra os desmandos de políticos antigos que insistiram em contrariar as mais legítimas aspirações populares e nacionais.
O povo transmitiu de forma enfática sua insatisfação com a roubalheira, com a máquina que suga suas energias, que não dá contrapartida nos serviços, com os políticos velhacos: nas manifestações extraordinárias de 2013, nas revelações estonteantes da Lava Jato, no impeachment de Dilma e nas mensagens pelas redes sociais.
Os políticos não ouviram e não viram. Os parlamentares, ao contrário, criaram o Fundo Eleitoral superior a um bilhão e 500 milhões de reais para financiar as campanhas dos atuais deputados e senadores. Uma afronta a cidadania, uma vergonha contra a lisura do pleito.
A campanha de segundo turno foi marcado pelo radicalismo e pelas mentiras. O eleitor rejeitou esta nível baixo.
A hora da cobrança
Santa Catarina passa a ocupar, a partir desta segunda-feira, posição destacada no futuro governo do deputado Jair Bolsonaro, do PSL. Foi o Estado que, proporcionalmente, conferiu-lhe o melhor resultado no primeiro turno, com 65,82% dos votos, contra apenas 15,13% atribuídos a Fernando Haddad, do PT.
O senador eleito Esperidião Amin(PP) tem sido ao longo de vários mandatos, um dos privilegiados interlocutores do novo presidente e é seu amigo pessoal. Mereceu até uma referência carinhosa de Bolsonaro na primeira mensagem após o atentado. Amin foi eleito com um discurso de cobrança de mais respeito do governo federal e maior retorno de recursos financeiros. Posição que reiterou com maior contundência após a proclamação de sua eleição.
No inicio da caminhada, ainda em 2017, Jair Bolsonaro, então apenas um pré-candidato, teve calorosas recepções em vários municípios do Estado. Pelas mãos do deputado Rogério Mendonça(MDB) e depois de João Rodrigues (PSD) e Valdir Colato (MDB) conheceu melhor o potencial catarinense em várias regiões.
Na maior concentração política da atual campanha eleitoral, realizada na avenida Paulista, em São Paulo, coube o deputado federal eleito, Daniel Freitas (PSL) fazer dois pronunciamentos sobre Bolsonaro em Santa Catarina. Perante um público calculado em mais de 3 milhões de pessoas, o empresário criciumense destacou o destaque catarinense no primeiro turno, prometendo igual desempenho no segundo.
As multidões que se reuniram em Florianópolis e as concentrações que se multiplicaram, cobrindo Santa Catarina de verde e amarelo, com espetáculos de civismo e patriotismo inéditos na história, elevam o cacife do Estado no novo governo.
A hora, portanto é de cobrar. Não as costumeiras migalhas. O que o Estado tem por Justiça pelo que produz e contribui para a União.