Jair Bolsonaro defende fim das reeleições, autonomia do Banco Central e elogia Donald Trump

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, defendeu neste sábado (20) a autonomia política do Banco Central (BC) e a manutenção de um tripé macroeconômico no país. Ele concedeu uma rápida entrevista à imprensa no Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro, onde gravou programa eleitoral da campanha no segundo turno.

Perguntado se tem intenção de manter no cargo o presidente do BC, Ilan Goldfajn, caso seja eleito, o candidato afirmou que a decisão cabe ao economista Paulo Guedes. “Nem tudo tem que ser mudado do governo Temer. O que está dando certo não tem que ser mudado, mas tem muita coisa errada também”, disse Bolsonaro sem citar exemplos de medidas malsucedidas adotadas pela gestão atual.

Reeleição
Na entrevista, o presidenciável também defendeu o fim da reeleição e a redução do número de parlamentares no Congresso Nacional. “Fala-se muito em reforma política, mas o presidente não tem autoridade para tal. Cada parlamentar vota de acordo com seu interesse. Da minha parte, vou conversar com o Parlamento com vistas a uma reforma. Acabar com o instituto da reeleição e reduzir de 15% a 20% a quantidade de parlamentares”, disse.

Indústria
Para o candidato do PSL, o país passa por um processo de desindustrialização e é preciso voltar a estimular o setor. “Não podemos continuar exportando minério de ferro e importando uma canoa de aço de volta. Temos que agregar valor, fomos desindustrializados nos últimos anos, e tem que se buscar uma maneira de incentivar e estimular para que a indústria seja próspera no Brasil.”

Bolsonaro também foi perguntado sobre nomes que vão compor o seu ministério, no caso de ele ser eleito. Disse que pretende desmembrar o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Ele confirmou a intenção de indicar o tenente-coronel da reserva Marcos Pontes para o comando do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Política externa

Ao falar sobre o Mercosul, o candidato afirmou que não se pode “jogar para o alto” o acordo. “O que não pode é continuarmos usando acordos como esse em função de interesses ideológicos como o PT fez”, criticou. Ele defendeu a assinatura de acordos bilaterais pelo Brasil. “Vamos partir para o bilateralismo onde for possível. Conversei com o [ Mauricio] Macri [presidente da Argentina], ontem com o do Paraguai, encontrei senadores do Chile. Vamos buscar fazer acordos com ao países da América do Sul sem o viés ideológico.”

Sobre comparações feitas entre ele e presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Bolsonaro respondeu: “Trata-se de querer um Brasil grande assim como ele quer uma América grande.”

O candidato fez elogios ao presidente norte-americano. “Ele diminuiu a carga tributária do setor produtivo, foi criticado, mas isso gerou emprego e atraiu novas empresas de fora. A Inglaterra fez isso há 20 anos. Admiro muito ele [Trump] por isso aí, ou vão querer que eu admire [Nicolás] Maduro [presidente venezuelano] ou o governo cubano?” (Agência Brasil).

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