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Vendaval bolsonista atingiu em cheio também Santa Catarina

Moacir Pereira –

O MDB catarinense apostava ser diferente do MDB nacional. Seus dirigentes estavam convencidos de que a corrupção de Brasília, que atingiu seus principais líderes, não contaminaria a eleição no Estado. A eleição mostrou que o partido sofreu desgaste e foi atingido pelo vendaval bolsonarista também aqui em Santa Catarina. O MDB ficou fora do segundo turno e reduziu suas bancadas. A federal caiu de cinco para três deputados e a estadual foi reduzida de 10 para 9 cadeiras. Pior: o partido ficou fora do segundo turno no governo.
Seu aliado, o PSDB, também sofreu forte revés. Perdeu os dois senadores, não conseguindo reeleger Paulo Bauer. O vice, Napoleão Bernardes, naufragou com Mauro Mariani. Os tucanos ficaram pela metade na Câmara, com redução dos deputados de dois para apenas um e na Assembleia, com diminuição de quatro para dois parlamentares.

O PT não entendeu as manifestações das ruas de 2013 e anos seguintes e a goleada municipal de 2016. Continua defendendo os corruptos, não fez autocrítica e teve a menos um deputado federal e um estadual, além de votações pífias de Ideli Salvati e Lédio Rosa ao Senado. Além disso, Décio Lula Lima recebeu apenas 12,78% dos votos.

O PSD pode comemorar a ida de Gelson Merisio para o segundo turno na disputa do governo, mas perdeu a corrida ao Senado com Raimundo Colombo. A bancada na Assembleia encolheu de nove para cinco deputados e a representação na Câmara Federal caiu de três para dois.

O PP elegeu Esperidião Amin senador com a melhor votação, mas registrou queda de dois deputados para apenas um na Câmara e de quatro para 3 deputados estaduais. E não reelegeu o presidente da Assembleia.

Vencedor com números surpreendentes foi o PSL, que colocou o comandante Moisés no segundo turno ao governo, fez excepcional votação com Lucas Esmeraldino ao Senado, elegeu seis deputados estaduais e quatro federais, saindo do zero. (Moacir Pereira).

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