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Os candidatos com mais compromissos e a presença dos ‘paraquedistas’ nas cidades irmas. No Site, uma ‘meio complicada análise’ do conturbado quadro eleitoral nas cidades irmãs

No pleito de 2014 (os números não são exatos, mas também não faz muita diferença), cerca de 180 candidatos à Assembleia Legislativa do Paraná tiveram votos em União da Vitória.

Mesmo assim a votação do candidato local Hussein Bakri foi expressiva. Agora ele é candidato à reeleição e, por conta de ter sido candidato a prefeito quatro vezes (com dois mandatos) e candidato a deputado três vezes (com uma ascensão à ALEP), deve ser o que mais votos vai ter do eleitorado união-vitoriense.

Mas além dele, na condição de candidato local, o eleitorado tem a opção da escolha da médica-veterinária Syglei Narcizo, que tem todas as condições de ser bem votada, podendo até surpreender.

Apesar de não ser filho da terra, Alexandre Curi tem fortes ligações familiares com União da Vitória, já que é neto do lendário líder político paranaense de saudosa memória Aníbal Khury, que nasceu em Porto União, mas se projetou na política do Paraná. E, neste pleito, Alexandre, conta com um grupo que tem no comando o atual prefeito Santin Roveda, além do decano dos vereadores Jair Brugnago, que foi também vice-prefeito. 

Da coligação que apoia a governadora Cida Borghetti, com um grupo de apoio não tão forte, mas que não pode ser desconsiderado,  está o candidato Paulo Deola (PP).

Também, à disposição do eleitorado, sobretudo daquele segmento que é fiel ao PT, que devem ter votação estão Tadeu Veneri e Péricles Ribas, sob o comando do ex-prefeito e ex-deputado Pedro Ivo Ilkiv.

Para a Câmara Federal, o já veterano da política regional e paranaense Valdir Rossoni concorre à reeleição, depois de ter sido prefeito de Bituruna e deputado estadual seis vezes (24 anos), finalmente deputado federal em 2014. Deve, considerando certas circunstâncias, não repetir a votação passada, mas certamente será o mais votado.

Outros nomes à Câmara Federal que vão contar com votações consideráveis: Fernando Giacobbo (PR), partido do prefeito Santin e do seu pai, ex-deputado federal Airton Roveda; Ricardo Barros (PP), esposo da governadora Cida Borghetti; e Osmar Schroch (PT). Também as candidatas Natalie Unterstell e Cristiane Yared devem ter votos de eleitores, principalmente eleitoras.

Para o Senado Federal, embora até certo ponto odiado por grande parte do eleitores, Roberto Requião talvez ainda seja o primeiro da lista, seguido de Beto Richa, Flavio Arns, Alex Canziani e professor Oriovisto. A primeira vaga, de acordo com as pesquisas, é de Requião. A segunda será disputada por Beto, Arns, Canziani e Oriovisto.

Para o governo do Estado, pelo que se tem observado, pode acontecer em União da Vitória uma disputada acirrada entre Cida Borghetti e Ratinho Junior. É que o prefeito Santin e seu grupo – que é bem expressivo – apoia Cida, enquanto que o ex-prefeito e deputado Hussein Bakri defende a eleição de Ratinho Junior.

Para a Presidência da República, em União da Vitória, pelas manifestações do eleitorado, improvável que o candidato Jair Bolsonaro não acabe tendo uma votação consagradora, sendo seguido, não tenho condições de prever. Alvaro Dias, quem sabe…

E como que será em Porto União?

Em Porto União, para a Assembleia Legislativa, dois candidatos porto-unionenses: Fiovante Buch Neto (DEM) e Paulo Henrique Hemm (PSB), integrantes da mesma coligação, que tem como candidato ao Governo do Estado o deputado Gelson Merisio.

Mas tanto Buch Neto quanto Hemm contam apenas com grupos de apoio de amigos e da própria coligação.

MDB e PSDB estão coligados para o Governo do Estado e Senado. Mas os dois principais líderes do MDB (Renato Stasiak) e do PSDB (Eliseu Mibach), apesar de apoiarem o deputado federal Mauro Mariani para governador, estão em palanques separados e apoiando candidatos a Assembleia Legislativa e à Câmara Federal também diferentes.

O prefeito Eliseu Mibach e seu grupo apoiam irrestritamente para a Assembleia Legislativa à reeleição do deputado Vicente Caropreso e para Câmara Federal o deputado Marco Tebaldi, ambos do PSDB. E, com certeza, para o Senado, dão atenções especiais à reeleição do senador Paulo Bauer, que estava com sua candidatura a governador até lançada, até o acerto dos tucanos com os emedebistas.

O grupo liderado pelo ex-prefeito Renato Stasiak, o mais fiel dos emedebistas da história do partido em Porto União, apoia para a Assembleia Legislativa a reeleição do deputado Valdir Cobalchini e para Câmara Federal o deputado estadual Carlos Chiodini, indicado pelo próprio Mauro Mariani para substitui-lo em Porto União e no Planalto Norte. Ainda para a ALESC, tem grupo liderado por vereador do MDB em busca de votos para a reeleição do deputado Moacir Sopelsa. Tem, também, o vereador pepista Luiz Alberto Pasqualin, que declarou voto ao emedebista Mauro Mariani, defendendo a reeleição do pepista Sílvio Dreveck, atual presidente da ALESC. 

Para governador, sem a menor dúvida, Stasiak lidera seus comandados em prol da eleição de Mauro Mariani a governador, que desfruta de uma posição privilegiada em Porto União.

Ainda para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal não podemos omitir o envolvimento do ex-prefeito Anízio de Souza, petista fiel, que tem, junto com seu grupo, candidatos a Assembleia Legislativa e à Câmara Federal: Neodi Saretta e Ana Paula Lima. E o grupo petista de Souza defende para o Governo do Estado o deputado federal Décio de Lima, que na última pesquisa do Ibope aparecia tecnicamente empatado com Maria ni (MDB) e Merísio (PSD).

Para as duas vagas no Senado, PSDB/MDB tem dois candidatos: Paulo Bauer (que concorre à reeleição) e o deputado federal Jorginho de Melo. Bauer tucano e Melo do PR. Mas, pelas informações de fontes seguras, não se afinam muito bem. Aí não sei informar qual é a posição mais clara do grupo de Stasiak: se a favor de Bauer ou Melo. Até acho que é por Melo.

O candidato a governador da oposição, deputado Gelson Merisio, tem em Porto União o apoio do vice-prefeito Pércy Storck. Merisio ‘navega’ até com certa tranquilidade em Porto União graças ao prestígio do ex-governador, atual deputado federal e candidato ao Senado, Esperidião Amin.

E não se pode menosprezar o prestígio, apesar da posição de alguns mal informados e até irresponsáveis, do ex-governador Raimundo Colombo, quando o responsabilizam pelo mal feito asfalto do trecho da 135 de Porto União da Matos Costa. Obra da gestão do falecido governador Luiz Henrique da Silveira.

Para a Presidência da República, como em União da Vitória, difícil que o candidato do PSL Jair Bolsonaro não conquiste uma vitória até consagradora.

Já passei por dezenas de eleições em Porto União e União da Vitória, mas nunca como a atual… Sinceramente, situação tão conturbada, que fica até difícil de analisar o comportamento do pleito.

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