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Beto Richa apareceu ontem (17) na televisão e disse que “queriam me destruir moralmente há muito tempo”

Em sua primeira aparição no horário eleitoral desde que foi preso pela operação “Rádio Patrulha”, do Gaeco, que investiga suspeitas de fraude em obras de estradas rurais, o ex-governador Beto Richa (PSDB) reafirmou que mantém a candidatura ao Senado e que sua família teria sido vítima de “um estado policial” que querem implantar no Estado. No início da noite, a coligação que apoia a candidatura à reeleição de Cida Borghetti (PP) para o governo anunciou a decisão de afastar Richa da chapa, após pedido da própria governadora.

“O que aconteceu comigo, com a minha mulher Fernanda e meu irmão José Richa Filho, constitui, como reconheceu o próprio Supremo Tribunal Federal um ato de violência cujo viés político é muito claro. Queriam atingir a minha candidatura ao Senado. Queriam liquidar a minha trajetória política. Queriam me destruir moralmente há muito tempo”, afirmou.

“Fomos presos sem nem sermos ouvidos. Fui vítima do estado policial que alguns querem implantar no Paraná”, queixou-se o tucano, afirmando ainda compreender “a desconfiança dos eleitores”, mas dizendo que vai provar sua inocência na Justiça. “Primeiro eles querem nos humilhar para depois nos destruir. Invadiram a minha casa. Aterrorizaram a minha mulher. Invadiram a casa da minha mãe de 78 anos”. A fala de Richa, porém, acabou sendo cortada antes do final.

Em entrevista ao Bem Paraná, o segundo candidato ao Senado da coligação, deputado federal Alex Canziani (PTB) afirmou que o programa de Richa não deveria mais ser exibido. Segundo ele, a tendência é que a questão acabe sendo levada à Justiça.

Preso entre os dias 11 e 15 de setembro, Beto Richa é investigado na Operação Rádio Patrulha, que apura esquema de desvio de dinheiro de obras em estadas rurais. Junto com familiares e aliados, o tucano é alvo de inquérito do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual. Na sexta-feira, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão dos 14 investigados no esquema, entre eles a mulher do ex-governador, Fernanda Richa e seu irmão, o ex-secretário de Estado da Infraestrutura, José Pepe Richa. (Bem Paraná).

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