Lançado oficialmente o “Projeto City Tour” de União da Vitória/Porto União

Na manhã desta segunda-feira (10/09), no Hotel 10, às margens da BR-476, nas proximidades do Portal, foi oficialmente lançado pela Atema (Associação de Turismo de União da Vitória), o “Projeto City Tour” de União da Vitória/Porto União.

Representantes de entidades empresariais e dos meios de comunicação social participaram do evento, que contou com falas importantes dos prefeitos Santin Roveda (União da Vitória) e Eliseu Mibach (Porto União).

O prefeito Santin Roveda destacou a importância do projeto e a necessidade de se valorizar o nosso potencial turístico, que é rico em história, cultura e belezas naturais.

Roveda usou como exemplo várias cidades brasileiras, inclusive de Santa Catarina, que transformaram o turismo numa excelente fonte de renda. “E nossas cidades, sobretudo geograficamente, tem uma extraordinária beleza, tanto na área urbana quanto na rural, com suas inúmeras cachoeiras”, destacou o prefeito.

Santin não deixou de lembrar de uma das mais importantes obras estruturantes das últimas décadas em União da Vitória, que é construção da ponte “José Richa”, que liga o centro das cidades irmãs ao populoso Distrito de São Cristóvão. E que certamente se constituirá em mais uma atração, por estar ao lado da histórica ponte “Machado da Costa”.

O prefeito Eliseu Mibach (Porto União) aproveitou para destacar as obras realizadas durante o centenário (2017), que, na sua estruturação, lembram de fatos relevantes da nossa história, como a Praça do Centenário, em Santa Rosa. Destacou também os projetos dos Portais dos distritos de São Miguel da Serra e de Santa Cruz do Timbó.

Os principais atrativos de União da Vitória e Porto União (Histórico postado no Facebook da Atema).

“Conheça os principais atrativos de União da Vitória, a cidade que, junto com Porto União, se tornou o foco da Guerra do Contestado entre os anos de 1912 e 1916. Sede do Quartel General e campo de pouso das primeiras aeronaves em ações bélicas no país, o conflito reuniu as polícias estaduais, exército e milícias da Lumber Colonization para retirar – a força – sertanejos, índios, pequenos proprietários ou apenas posseiros das terras no trajeto da estrada de ferro.

Uma verdadeira guerra civil com duração de quatro anos desencadeada após a iniciativa do governo brasileiro de ceder em pagamento – pela construção da ferrovia São Paulo – Rio Grande, as terras marginais à estrada numa faixa de 15 quilômetros de largura, de cada lado.

A guerra termina com um Acordo de Limites assinado pelos Estados do Paraná e Santa Catarina em 1917 com milhares de sertanejos mortos, feridos, prisioneiros e miseráveis andarilhos trôpegos e famintos circulando pela região, chegando às cidades pela mesma ferrovia que lhes tirara as terras.

Diz-se que por comodismo, a divisão do território na área central das cidades acompanhou o trajeto da estrada de ferro o que traz, hoje, uma condição quase única de, estando com um pé de cada lado, vivenciar a sensação de alcançar – em um só momento – os dois Estados.

Na mesma área é possível conhecer a Estação Ferroviária União, uma das mais belas do interior do Brasil. Constituída de dois corpos iguais, um em cada Estado e, unidos por enorme arco, carrega parte da história e sugere o resgate da união – do povo e da terra – dividida ao final do conflito.

Conhecidas como “Gêmeas do Iguaçu” as duas cidades possuem ainda hoje atrativos que se alternam e se completam no território de cada município. Na Rota dos Tropeiros, caminho para alcançar o mercado de Sorocaba/SP, vale a pena conhecer o local de passagem do gado pelo Rio Iguaçu, chamado de Vau; o pequeno monumento que resgata a lembrança das grandes enchentes, o Marco da Divisa e a área onde aportavam os vapores que deram motivação ao nome da cidade: Porto da União.

As cercanias das praças Hercílio Luz e Coronel Amazonas e parte da Rua Carlos Cavalcanti trazem a paisagem comum das cidades com destaque a um bom número de construções da década de 30 de estilo “eclético” e “art-deco”.

Mas é o ambiente natural, a paisagem que se vislumbra a partir do Morro do Cristo onde está a imagem do Sagrado Coração de Jesus (2ª maior do Brasil) e do Morro da Cruz – com sua Gruta do Monge João Maria que reflete a beleza cênica das cidades: o Rio Iguaçu, as três pontes (não deixe de ver a Ponte do Arco), as principais igrejas e o próprio rio serpenteando ao redor de casas, prédios e do Parque Ambiental Ary de Queiróz”.

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