Difícil de encontrar os adjetivos certos para o jornalismo praticado pela Rede Globo na campanha eleitoral de 2018

Está difícil até de encontrar os adjetivos certos para o Jornalismo que a Rede Globo de Televisão – uma das maiores emissoras do planeta – vem praticando.

As quatro entrevistas com candidatos a presidente nesta semana, durante o Jornal Nacional, escancaram que a linha editorial está na mais absoluta contramão. É absurdo, fora de qualquer propósito. Essa “linha” ficou patenteada no comportamento dos apresentadores/entrevistadores William Bonner e Renata Vasconcelos. Sem falar no fato de escolherem “a dedo” os entrevistados, deixando outros candidatos de relevo considerável fora do “plim-plim”

De segunda a quinta, o que se viu foi um verdadeiro show de horrores no JN. Bonner e Renata ficaram o tempo todo querendo falar mais do que os candidatos. Os entrevistados foram Ciro Gomes, Jair Bolsonaro, Geraldo Alckmin e Marina Silva.

Bonner e Renata interrompiam os convidados a todo instante, numa linha de querer forçar o entrevistado a dizer o que eles queriam ouvir.  Foram gestos de extrema indelicadeza, atrevimento absurdo e impertinência absoluta. E de prepotência total por parte da emissora.

A grande verdade é que a Rede Globo está amargando prejuízo incalculável, do ponto de vista da audiência, com este comportamento ridículo.

Mesmo na mais absoluta contramão da história, a Globo quer enfiar, goela-abaixo, como é o costume, a ideia de que este é um jornalismo investigativo, questionador, contundente, combativo. Pode ser qualquer outra coisa, menos jornalismo de verdade!

Esse “jornalismo” da Globo é uma completa desfaçatez. Fica a impressão de que a empresa quer desmoralizar os postulantes à Presidência e desacreditar a política como instituição nacional. E logo a Rede Globo, que nem de longe é uma emissora puritana e espartana, como ainda tenta se vender aos brasileiros, sobretudo aos mais incautos.

A Globo deve, sim, satisfações à sociedade brasileira. Sobretudo pelo apoio irrestrito que o fundador da companhia, Roberto Marinho, deu ao Regime Militar. Depois de quase 50 anos e de 10 da morte dele, a empresa agora quer decantar o verso.

Logo eles, que encheram as burras de dinheiro público. Via BNDES, captando empréstimos bilionários a juros baixíssimos, que o governo teve que bancar a diferença. Tudo com o dinheiro suado dos impostos.

O jornalismo da Globo está demostrando total despreparo e prestando um enorme desserviço ao Brasil. Do que menos se falou nas horas gastas com os quatro presidenciáveis, esta semana, no Jornal Nacional, foi de plano e propostas de governo. Praticamente todos os questionamentos foram tentativas de contradizer, encontrar incoerências nos candidatos. Um verdadeiro “brete fake.” Falso brete porque os candidatos não caíram nas armadilhas, devido à fragilidade das armadilhas colocadas no caminho dos candidatos por Bonner e Renata. Querendo expor as fraquezas de Ciro, Bolsonaro, Alckmin e Marina, a Globo revelou ao distinto público suas próprias mazelas. (Claudio Prisco Paraíso).

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1 Comentário

  1. Se entrevistassem Lula (que doou bilhões para Globo) a entrevistas seria diferente.
    O problema, meu amigo, é que Bolsonaro já prometeu cortar pela metade os patrocínios e da Petrobrás e Correios não terá propaganda NENHUMA.
    E mais, para o desespero até dos ministros e políticos será aberto o caixa preta do BNDES.
    Saberemos o verdadeiro rombo (roubalheira) do brasil.
    As instituições precisarão criar uma nova categoria de risco para o Brasil.

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