A análise da primeira pesquisa do Ibope para governador de Santa Catarina do jornalista Moacir Pereira, do Diário Catarinense e da TV NSC, com destaque para a liderança de Jair Bolsonaro para a Presidente em Santa Catarina

A primeira etapa da pesquisa Ibope nas intenções de voto dos eleitores de Santa Catarina vem provocando uma grande polêmica entre parlamentares, líderes políticos e, sobretudo, da população que se manifesta pelas redes sociais.

As principais controvérsias e críticas estão relacionadas com a disputa ao governo do Estado. Não há nenhum reparo sobre os números para o governo do Estado. E restrições em relação à expressiva liderança do deputado Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial.
Os candidatos em melhores posições evitaram comentar. Também não exploram quando estão bem, como ocorre com o PT. O deputado Décio Lima, primeiro colocado com 16% fez avaliações muito cautelosas, dizendo que os números oxigenam a militância. Mas acredita sobretudo na força da unidade partidária. Ressaltou, principalmente, o fato de que esta é a primeira vez na história política de Santa Catarina, que o candidato do PT ao governo sai na frente já na primeira pesquisa de intenção de votos.
O candidato do MDB, deputado Mauro Mariani, não comentou e nem vai se pronunciar sobre os números. Ele aparece em segundo lugar com 11%. Tem avaliações frequentes e tem dados muito diferentes.
Situação idêntica ocorre com o deputado Gelson Merísio, do PSD, que igualmente evita qualquer pronunciamento, sob a alegação de que todas as consultas periódicas realizadas por sua equipe apresentam realidades muito distintas.
Contestação quase consensual sobre equívocos do instituto na realização da prévia está relacionada com a posição do candidato do PCO, Ângelo Castro, que está em quarto lugar com 4%. O Partido da Causa Operária nunca disputou eleição majoritária, tem uma estrutura ínfima em Santa Catarina e realizou uma convenção estadual em Blumenau com 10 dirigentes apenas, segundo a ata registrada na Justiça Eleitoral.
Rifados também os dados atribuídos ao jornalista Leonel Camasão, do PSOL, que já concorreu à Câmara Federal em 2010, disputou a Prefeitura de Joinville em 2012 e tentou vaga na Assembleia Legislativa em 2014. É praticamente impossível que não tenha nenhum voto. A pesquisa indica zero.

Em termos de estrutura partidária e abrangência regional por suas principais lideranças, as duas coligações lideradas por Mauro Mariani e Gelson Merísio estão disparadas na frente de Décio Lima.

Um levantamento entre os 60 maiores colégios eleitorais de Santa Catarina, representando 3.550.300 eleitores, revela que a coligação MDB, PSDB, PR e PPS administra 30 municípios, enquanto a aliança PSD,PP, PSB e DEM totaliza 29 cidades. Já o PT conta apenas com Imbituba, o maior município em que tem o prefeito. Ali, o contingente é de apenas 35 mil eleitores e a população de 45 mil pessoas.
E o chamado poder de infantaria sempre atuou como fator decisivo em todas as eleições em Santa Catarina. Foi, por exemplo, a conquista de importantes prefeituras, como Joinville, Blumenau e Lages que viabilizou a eleição de Pedro Ivo Campos, governador do Estado em 1986. 
 
Se esta estrutura ponderosa dos partidos, prefeitos, vereadores e candidatos vai atuar como nos últimos pleitos, só as eleições de outubro vão dizer.     

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