Alvaro Dias afirmou que pretende cortar 10% das despesas federais se for eleito Presidente
Pré-candidato à Presidência pelo Podemos, o senador Alvaro Dias afirmou nesta terça (31) que pretende cortar 10% das despesas federais, caso seja eleito, em seu primeiro ano de mandato.
Segundo ele, essa seria a solução para eliminar o déficit do país até o começo de 2020. Despesas consideradas essenciais e investimentos não seriam reduzidos, afirmou Dias, mas o corte seria compensado em outras áreas.
O Bolsa Família também não seria diminuído porque o pré-candidato considera o programa social um investimento.
“Vamos aplicar esse limitador emergencial de despesas num percentual de 10% em todas as rubricas”, disse a uma plateia de advogados e empresários na zona sul de São Paulo.
“Aí alguém pode dizer: ‘Mas determinada rubrica é essencial e não se pode limitar a despesa’. Temos a solução: pode-se elevar esse percentual em outras rubricas que são secundárias, mas tem que ter essa operação de guerra logo na chegada.”
Depois do evento, Dias foi questionado sobre o que ele considera rubricas secundárias, mas não informou.
“Alguns dos meus assessores da área econômica afirmam que fazendo todas as reformas eliminaríamos o déficit no final do mandato. No entanto, estamos falando em eliminar o déficit no primeiro ano”, prometeu.
“No segundo ano nós aplicaríamos o ajuste estrutural, que seria quantificar a despesa de cada setor do governo. Cada setor teria que justificar a despesa”, disse.
Ainda sem alianças partidárias, Alvaro Dias não anunciou o seu provável candidato a vice ou quem estará com o Podemos nas eleições.
Nesta segunda (30), ele chegou a dizer que gostaria de ter o jurista Miguel Reale Jr., também do Podemos, em sua chapa.
A convenção nacional do Podemos está marcada para este sábado (4). Ele disse que o anúncio do vice será feito antes.
“[Reale] Sempre foi uma alternativa importante. Se nós não tivéssemos possibilidade de coligação eu o convidaria”, afirmou.
À plateia no evento desta terça, Dias repetiu os discursos de sua campanha, como “refundação da República” e defesa da Lava Jato.
Na última pesquisa Datafolha, de junho, o senador tinha 4% das intenções de voto. (Folhapress).