Clínica Veterinária da Uniguaçu recebe reformar para melhorar a qualidade pedagógica de atendimento à comunidade
Melhorias fazem parte das indicações feitas pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes da Uniguaçu (CIPA) e pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária
Mudanças nem sempre são bem-vindas ou aceitas por muitos no começo, mas com certeza as mudanças implantadas na Clínica Veterinária Escola Uniguaçu trarão benefícios aos acadêmicos, aos professores e a comunidade atendida. Os últimos meses têm sido de muita conversa para implantar tudo que era necessário.
Todo esse processo de mudança e melhoria ocorreu após uma visita da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) da Uniguaçu, onde foram identificadas situações que poderiam ser aperfeiçoadas. Neste mesmo período, o Conselho Regional de Medicina Veterinária também visitou a Clínica e relatou algumas mudanças que deveriam ser feitas após mudanças de leis.
A partir do relatório feito pelos integrantes da CIPA, ocorreu uma reunião entre eles, a Clínica Veterinária e a Direção da Instituição, onde foram expostas todas as mudanças necessárias, tendo, ao final, a autorização da direção para as reformas. “Às vezes no dia a dia não percebemos que mudanças são necessárias, mas este olhar externo nos ajudou neste processo de melhoria para os acadêmicos e para a comunidade”, afirma o professor e coordenador do curso de Medicina Veterinária, João Estevão Sebben.
A Clínica Veterinária Escola Uniguaçu hoje tem como responsável técnica a médica veterinária Kamilla Rissioli (CRMV PR 14653). A Clínica tem como horário de funcionamento à comunidade das 13h30 às 17h30.
Além de grandes investimentos financeiros, a parte pedagógica da Clínica teve recente reformulação, em que foram feitas alterações com os professores que atendiam na Clínica. Após análises, foram identificados quais professores têm mais perfil didático para amparar os acadêmicos nos atendimentos.
As mudanças para este segundo semestre letivo vieram para possibilitar aos acadêmicos ensino com mais qualidade. “A ideia é que os atendimentos sejam um objeto de estudo aos acadêmicos, onde o professor que estiver junto irá explicar todo os procedimentos realizados com o animal atendido”, complementa Sebben.
Atendimentos e agendamentos
Uma das mudanças aplicadas na Clínica foi em relação ao agendamento e ao número de atendimentos. Os integrantes da Clínica repassaram aos clientes que haveriam mudanças em relação ao modo de atendimento. Para que houvesse atendimento sem espera, todos foram informados de que deveriam agendar a consulta, ou o procedimento necessário ao paciente (lembrando que neste caso cliente é o dono do animal, e paciente é o animal). Assim, todos passam a ser atendidos no horário marcado.
Os casos mais urgentes são tratados com preferência, passando na frente dos outros e sendo atendido em caráter de emergência. Mas isso não quer dizer que os agendados não serão atendidos, mas que poderão atrasar um pouco. “Esta semana mesmo chegou um cachorro que foi atacado por outros cães. Então nós vimos a situação e começamos o atendimento. A emergência sempre tem preferência”, assegura Sebben.
Além disso, a Uniguaçu adquiriu um novo sistema de gerenciamento de clínicas veterinárias. A partir desse momento a Clínica passou a utilizar a forma de cadastro pelo sistema implantado. Quando o paciente chega na Recepção ele já é cadastrado com dados do cliente e do paciente. A partir disso, toda a Clínica pode acompanhar os procedimentos que estão sendo realizados, contendo em seu cadastro toda a evolução, desde a consulta, até se necessário um medicamento ou um procedimento. Quando o paciente tiver alta, estará tudo anotado no sistema, havendo assim mais controle de tudo que ocorre diariamente. Com o novo sistema implantando, diminuiu também o uso de papel para cadastro do paciente e dos procedimentos.
Como agendar um atendimento
O número de atendimentos foi levemente reduzido para que tudo ocorra com mais rapidez, porém com qualidade e eficácia, não existe mais fila de espera. O agendamento das consultas é simples, basta ligar na Clínica pelo telefone (42) 3522-6192 e eles informam o dia e o horário que pode trazer o animal, para que assim todos possam acolhidos da maneira correta, sem necessidade de espera.
Os atendimentos de forma agendada funcionam a cada trinta minutos. Eles podem levar entre 15 a 20 minutos, sendo que esses 10 minutos restantes servem como explicação do caso atendido, que é a parte pedagógica destinada aos acadêmicos presentes. O objetivo era mudar a rotina de atender muito e não dar possibilidade ao acadêmico de discutir com o professor. Agora, com essas mudanças, os acadêmicos têm a oportunidade de tirar suas dúvidas, trocando ideias e aprendendo com a prática.
Outra demanda levantada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária, foi que deveriam ser realizadas mudanças em relação ao internamento dos pacientes. Segundo o Conselho, a Clínica Escola não pode ficar 24 horas aberta, portanto, na Clínica é feito o Internamento Dia. Se por um acaso o animal precisar ficar internado, ele deve ser levado às 8 horas da manhã até a Clínica, tendo que ser buscado pelos donos às 17 horas. “Tem casos mais graves em que redirecionados os animais para uma clínica 24 horas, onde será dado um suporte durante a noite”, complementa Kamilla.
Reformas e melhorias
Dentro dos consultórios foram colocados quadros para que os acadêmicos possam receber todo conhecimento no momento do atendimento. Na Sala de Anatomia foram colocados carteiras, cadeiras e um quadro, para que o laboratório sirva como sala de aula.
A maioria das salas recebeu pintura e placas de avisos e identificações. Foram comprados novos aventais de chumbo para a Sala de Radiologia e um armário com chaves para os acadêmicos guardarem seus pertences enquanto estiverem dentro da Clínica.
Outra mudança foi o isolamento da parte cirúrgica e da parte clínica. Agora o atendimento clínico é feito em um bloco da Clínica e o bloco cirúrgico é totalmente independente. Os acadêmicos da Clínica não têm acesso ao lado cirúrgico.
A responsável técnica pela Clínica, Kamilla, explica que o risco de contaminação de um lado para o outro é grande, possibilitando o transporte de alguma bactéria ou vírus. Por isso ocorreu este isolamento das duas partes. “Os acadêmicos chegam, passam para aquele lado da Clínica, e só saem no final da tarde.” Todas essas medidas tomadas proporcionarão ao acadêmico melhores condições de aprendizado dentro da Clínica.
Controle e possíveis parcerias
Toda a parte financeira da Clínica passou a ser controlada pela responsável técnica, tendo em vista também a organização dos atendimentos feitos com a assistência social para pessoas com baixa renda.
A Farmácia também foi outro ponto de mudança. Ela está mais organizada, permitindo fácil identificação, manuseio e controle das medicações. Um estagiário de Medicina Veterinária é quem cuida da Farmácia da Clínica, mas as medicações de controle da Vigilância Sanitária ficam em um armário fechado, onde somente Kamilla tem acesso. “Toda vez que precisa, eu vou lá e realizo a dispensa do medicamento e anoto no livro assim como rege as leis do Conselho Regional de Medicina Veterinária e também as normas da Vigilância Sanitária.”
Segundo o professor Sebben, existe um projeto para realizar parceria com o curso de Farmácia, onde um estagiário do curso possa trabalhar na Clínica Veterinária. Ele ainda explica que muitos medicamentos utilizados nos animais são da linha humana, principalmente os anestésicos. Este pode ser um projeto de integração dos cursos, onde o acadêmico de Farmácia que atuar na Clínica trará todo seu conhecimento da área, auxiliando no que for possível e ainda gerando mais um campo de atuação para o farmacêutico. “Assim como o curso Farmácia, os professores da saúde, como Biomedicina, podem vir dar aula na Clínica Veterinária, pois existem alguns instrumentos que podem ser utilizados por diversas áreas. Por exemplo, uma lâmpada que temos aqui serve para a identificação de fungos, onde os acadêmicos irão identificar no animal, mas trazer para a prática de uma maneira análoga ao que acontece com os seres humanos”, afirma Sebben.
Aula preparatória
A responsável técnica Kamilla está organizando uma formação básica preparatória para que quando o aluno chegue na Clínica para iniciar o estágio, ele passe por uma aula de biossegurança, na qual serão mostrados os cuidados que devem ter, usando luvas e equipamentos de proteção individual em cada ambiente da Clínica. A formação irá conter também a forma correta de separação dos materiais utilizados, sejam eles biológicos, infecto contagiosas e perfurocortantes. Deste modo, após formado, o profissional saberá identificar e separar os materiais após cada procedimento. Este também se tornou um ponto de instrução, pois assim os acadêmicos aprendem a evitar riscos de contaminação, seja na Clínica, ou onde forem trabalhar.
Além disso, será mostrado o que cada período do curso pode realizar na Clínica, pois desde que o aluno chega na Clínica são delegadas as funções que irá e poderá exercer. Cada período pode realizar algumas funções, por exemplo, o primeiro período é mais observação. Os acadêmicos do sétimo período já podem acessar uma veia, pois já tiveram a matéria de Técnica Cirúrgica e Clínica Médica. Os outros períodos podem ajudar nesse caso, mas não realizando procedimentos invasivos ao animal.
Encerramento de estágio
No estágio da Clínica cada grupo de acadêmicos fica em torno de 15 dias. Após este tempo entra outro grupo de alunos, possibilitando que todos os acadêmicos do curso de Medicina Veterinária possam ter esta experiência na Clínica.
O encerramento de estágio dos alunos é feito a partir de uma discussão entre uma mesa redonda, onde o professor é moderador e os acadêmicos apresentam o que eles praticaram no estágio para os outros acadêmicos. A partir disso são discutidos os temas relatados. Esta troca de experiência auxilia na instrução dos demais colegas para os diferentes casos de atendimento. (Assessoria de Imprensa da Uniguaçu).