Secretário Acélio Casagrande, da Saúde, veio a Porto União para desmentir boatarias

Na tarde de ontem, 23, recebemos a visita do Secretário de Saúde de Santa Catarina Acélio Casagrande. O Secretário veio, a pedido do prefeito Eliseu  Mibach para esclarecer diversos pontos, dentre eles a suposta afirmação de que os Poderes Legislativos e Executivo não estariam buscando tratativas para solucionar o problema dos pagamentos atrasados por parte do Estado.

Há duas semanas, depois de receber a diretoria do Hospital de Caridade São Braz para assinatura do novo convênio com vigência até dezembro deste ano, Eliseu se comprometeu a empenhar esforços para tenta um diálogo com o novo Secretário de Saúde que ocupou o lugar de Vicente Caropreso, com quem tinha grande abertura.

Na segunda-feira, dia 9 de junho, Eliseu esteve acompanhado dos vereadores Sandro Calikoski e Christian Martins e com a diretora do hospital Soraia Queiros, em Florianópolis, pleiteando a resolução do impasse. Para ter maior representatividade, contaram também com a presença do deputado federal Mauro Mariani. Eliseu se disse satisfeito com a excelente recepção que teve por parte do secretário Acélio onde, em conjunto, firmaram um acordo de pagamento das parcelas em atraso. No dia seguinte ao acordo firmado, parte dos pagamentos já foi iniciada sendo repassada diretamente ao hospital a importância de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

Na quinta feira da mesma semana, dia 12 de julho, um áudio começou a circular pelas redes sociais, atribuído ao Padre Ederson Iarochevski, informando que o Hospital de Caridade São Braz deixaria de atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) por conta do atraso no pagamento de um recurso chamado sobreaviso, que é um percentual sobre o salário que os médicos de algumas especialidades recebem para atender pacientes em horário fora do seu expediente, caso sejam solicitados.

Ainda na outra semana, no dia 20 de julho, a página do Hospital publicou nota afirmando que o Bispo Diocesano de Caçador, Dom frei Severino Clasen, teria resolvido o problema dos atrasos em uma simples conversa, tendo ele tomado a iniciativa sem a participação ou interferência de qualquer político ou partido. Casagrande disse que receberia o Bispo até por uma questão de educação, mesmo que o acordo já tivesse sido firmado. Entretanto, o Bispo não apareceu ao encontro.

Com os boatos de paralisação dos atendimentos, somado às informações parciais fornecidas pela diretoria do Hospital, o Secretário de Saúde do Estado, Acélio Casagrande se viu na obrigação de vir pessoalmente esclarecer os fatos, inclusive sendo enfático ao afirmar que o acordo já havia sido firmado no dia 9 de julho, com o prefeito e vereadores. Casagrande também disse que não se pode brincar com saúde pública e que o hospital tem potencial para fazer muitos atendimentos a mais e precisa se adequar a uma série de normativas para continuar recebendo os repasses que afirmam ter direito.

A reunião havia sido solicitada pelo prefeito e para que pudesse contar com a participação dos médicos e da imprensa, solicitou a utilização do auditório do hospital. A diretoria, porém, proibiu a presença da imprensa e dos médicos alegando se tratar de uma reunião técnica e também por haver pouco espaço disponível uma vez que o auditório estaria sendo utilizado. Entretanto, do momento em que entramos em reunião até o término, o auditório permaneceu desocupado. A coletiva aconteceu do mesmo jeito, mas na calçada em frente ao hospital.

Apesar de todos os esforços no sentido de resolver o mais breve possível o impasse do sobreaviso, ao final da reunião, Fioravante Buch que era da diretoria do hospital e se afastou para concorrer ao cargo de deputado estadual, informou que os médicos que tem valores a receber não aceitaram o acordo.

Eliseu convidou o Bispo Dom frei Severino Clasen para que fosse com ele ao gabinete para mostrar todos os documentos que comprovam o esforço do poder público em sanar a questão. O Bispo não demonstrou interesse.

Ainda antes do final da reunião, o deputado federal Marco Tebaldi, que havia trazido uma emenda de R$ 400,000,00 (quatrocentos mil) que o Hospital não conseguiu receber ano passado, entregou o comprovante do repasse de R$ 200.000,00 (duzentos mil) ainda na data de ontem.

Eliseu perguntou enfaticamente se as obrigações da Prefeitura com o hospital estavam sendo cumpridas e a administradora respondeu que sim, rigorosamente em dia. (Assessoria de Imprensa da PMPU).

Decisão Judicial

No Site foi postada ontem a íntegra da decisão do Poder Judiciário de Porto União que determina que o Governo do Estado repasse imediatamente todos os recursos previstos para o Hospital São Braz.

Opinião pessoal do autor do Site: um imbróglio desnecessário, que revela – a exceção do prefeito – de interesses políticos e de grupos de pessoas sobre um assunto tão delicado como o Hospital São Braz. 

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