Facebook busca ferramentas para combater as fake news
No final de junho, o ministro Luiz Fux, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, assinou um termo com Google e Facebook firmando compromisso no combate ao tipo de notícias falsas que se convencionou chamar de fake news. O movimento mostra o receio de ocorrer em 2018 no Brasil o que aconteceu em 2016 nos Estados Unidos.
Lá, a última eleição presidencial foi marcada pelo compartilhamento informações falsas disfarçadas de notícias e impulsionadas pelo meios de ampliação de alcance do Facebook. De acordo com pesquisa do site BuzzFeed, as notícias falsas tiveram mais alcance que as reais. Hoje o FBI investiga se elas foram usadas como arma para influenciar o debate eleitoral a favor de interesses estrangeiros. Além disso, o presidente eleito Donald Trump incorporou o termo fake news para desqualificar notícias das quais discorda.
Dois anos depois, com a aproximação das eleições gerais no Brasil, a preocupação é grande. O acordo entre o TSE e as empresas norte-americanas determina o compromisso de prevenir e combater a desinformação gerada por terceiros para prejudicar campanhas, além de apoiar a corte em projetos de fomento à educação digital e em iniciativas de promoção do jornalismo de qualidade.
O problema é mais grave no Facebook. Notícias falsas são tão comuns e antigas quanto as verdadeiras, mas foram os mecanismos da rede social de impulsionamento e direcionamento de posts conforme o comportamento on-line dos usuários que as transformaram em novidade. Uma simples mentira torna-se epidemia se ela consegue alcançar milhões de pessoas já dispostas a acreditar nelas. (Fernando Martines/Conjur).