Esperidião Amin quer ser candidato a governador de Santa Catarina pela terceira vez

Aos 70 anos, Esperidião Amin (PP) tentará comandar o Governo de Santa Catarina pela terceira vez. Foi eleito governador em 1983 e depois novamente em 1999. Disputou o governo do Estado outra duas vezes, em 2002 e 2006, e também foi candidato à presidência da República em 1994. Ex-prefeito de Florianópolis e Senador, Amin ficou oito anos fora da vida pública, quando aproveitou para voltar a estudar e concluir o doutorado. Em 2010, se candidatou novamente e, desde 2011, ocupa o cargo de deputado federal. Natural de Florianópolis, ele é formado em administração pela Udesc e direito pela UFSC.

Pré-candidato ao Governo do Estado, Amin é defensor do fim das Agências Regionais “em nome da verdadeira descentralização” dos municípios e vê o não cumprimento de compromissos dos governos federal e estadual como “a mãe de todas as batalhas”. Sobre coligações para esta eleição, ele afirma que o que vale “é a busca do entendimento”.

Esperidião Amin é pré-candidato ao Governo do Estado - Divulgação/ND
Esperidião Amin é pré-candidato ao Governo do Estado – Divulgação/ND

CANDIDATURA AO GOVERNO

Deus tem me dado energia para não me acomodar, e no momento em que a nossa sociedade está vivendo uma ocasião tão ruim para a política, para a convivência, momento de intolerância, acho que posso contribuir com a minha experiência, de sucessos e insucessos sempre procurando acertar. Acho que posso contribuir para o debate, para a disputa, e se for vitorioso, repetir e melhorar acertos e evitar desacertos.

DESAFIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Se for para dar aula e receber aula de como administrar na adversidade, a minha vida me permitiu aprender bastante. E aprender inclusive que só com unidade, transparência absoluta e critério, vamos conseguir atravessar a borrasca. Estamos vivendo uma borrasca moral e aí vale o exemplo: o momento de grande desconfiança só se vence com transparência absoluta e com critério. Estamos vivendo um momento de dificuldades econômicas. É preciso saber escolher com apoio da sociedade, ter prioridades e dispensar privilégios, com reconhecimento popular do critério adotado.

ENXUGAMENTO DA MÁQUINA PÚBLICA

Você tem que fortalecer, em nome da verdadeira descentralização, o município e a entidade microrregional. Talvez se consiga concertar de forma mais racional para não haver uma microrregião com 22, e outra com três ou quatro municípios. Quem criou as regionais verdadeiras foi o povo, foram os municípios, foram as prefeituras. O que nós temos que fazer é fortalecer o município, técnica e financeiramente, além das microrregiões especialmente no campo técnico para as coisas que devem ser estimuladas: condomínios, que vão desde usinas de asfalto até cuidar da drenagem, do esgoto, das águas, tudo aquilo que é comum do transporte coletivo, das coisas que interagem, especialmente nas regiões metropolitanas que equivocadamente durante 15 anos ficaram extintas, ninguém se conforma com isso. Foram 15 anos de atraso absoluto para pegar dinheiro para saneamento, habitação popular. O custo do terreno em região metropolitana admitido pelo governo federal é mais alto. A verdadeira descentralização necessária agora é fortalecer município, microrregião, colocar tudo que há de recurso humano e financeiro nisso. Quem vai estabelecer prioridades é a microrregião com transparência, com participação popular, com fiscalização da imprensa. Vamos, de acordo com a prioridade da microrregião, atender a região e os municípios em projetos convergentes. Vamos usar a tecnologia da informação e a modernidade para avaliar resultados. O resultado na educação tem que ser perseguido ainda mais no ensino médio, que é a nossa maior deficiência, é onde nós temos mais a avançar. Na segurança pública, todas as cidades inteligentes do mundo sabem onde ocorrem mais violências e tomam providências para prevenir, além de qualificar tecnologicamente as polícias  que vão se unificando naturalmente para prevenir e, acima de tudo, apurar o crime.

 SAÍDAS PARA A SAÚDE

O pior de tudo, além do roubo, é o não cumprimento de compromissos dos governos federal e estadual. Nós levantamos o déficit de um ano de quanto o governo não nos pagou. Chamo isso de “a mãe de todas as batalhas”. Só em um ano o governo federal deixou de nos repassar R$ 220 milhões. Se você jogar isso por cinco anos, chega-se em R$ 1 bilhão. Estamos desleixando os créditos da sociedade catarinense. Seja o que eu for, tendo mandato ou não, vou lutar para que no próximo acordo de dívidas que houver, entre os Estados brasileiros e a união, isso seja um crédito para abater da nossa dívida. O pior é não ter resultado para avaliar. E o mesmo diz respeito às renúncias fiscais, tanto na União, que nós vamos avaliar agora no dia 4 de julho, R$ 287 bilhões que a união abre mão, e no Estado de Santa Catarina R$ 6 bilhões de renúncias de receitas. No Brasil, são quase R$ 500 bilhões que se deixa de arrecadar.

 ALIANÇAS POLÍTICAS

O que vale é a busca do entendimento. Em qualquer discussão, sempre quem fala alto, grosso, e diz que é irreversível, geralmente é o mais fraco. Nós não somos fracos, por isso não há candidaturas eleitorais inafastáveis. O que existe é o objetivo de atender a uma necessidade do povo catarinense, mudar com confiança. (A Notícia do Dia).

Posts Similares

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *