Temer anuncia uso das Forças Armadas para acabar com a greve

Em pronunciamento nesta sexta-feira (25/4), o presidente da República, Michel Temer, anunciou que usará as Forças Armadas para forçar os caminhoneiros a encerrarem a greve que paralisa o país pelo quinto dia consecutivo. Em tom duro, o chefe do Executivo nacional disse que, de forma imediata, “vai implantar o plano de segurança para combater os graves efeitos de desabastecimento causados por essa paralisação”.

Além de autorizar o uso de força militar no âmbito federal, Temer pediu para que os governadores fizessem o mesmo em seus estados. “O governo espera e confia que cada caminhoneiro cumpra o seu papel. O governo teve, como tem sempre, a coragem de dialogar, agora terá a coragem de exercer sua autoridade em prol do povo brasileiro”, discursou.

A fala oficial do presidente ocorre no quinto dia de protestos que causa desabastecimentos em praticamente todos os setores da economia. Antes de anunciar que colocará o Exército nas ruas, Temer disse que atendeu a 12 reivindicações  prioritárias dos caminhoneiro.

“Esse foi o compromisso conjunto. Esse deveria ter sido o resultado do dialogo. Muitos caminhoneiros, alias, estão fazendo sua parte mas, infelizmente, uma minoria radical tem bloqueado estradas e impedido que muitos caminhoneiros levem adiante o seu desejo de atender à população e fazer o seu trabalho”, afirmou o presidente

Locaute
A Polícia Federal vai investigar a possibilidade de locaute – participação dos patrões – na paralisação dos caminhoneiros, que entrou nesta sexta no quinto dia, apesar do acordo firmado na noite de quinta-feira (24). Mesmo com a câmara de compensação proposta pelo governo, que manterá, por meio de subvenções bancadas pelo Tesouro, o preço do diesel estável para os distribuidores, o que se constata nesta sexta é a ampliação dos pontos de retenção das estradas e não a redução do movimento, como esperava o governo federal.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, a avaliação do próprio governo é de que o Planalto subestimou a proporção que a mobilização poderia tomar, um erro do sistema de inteligência, que é comandado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

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