Juiz Moro pode complicar ainda mais a vida de Lula e atingir Dilma

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu para que fosse enviado ao juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Curitiba, responsável pelas ações da Operação Lava Jato no Paraná, um desmembramento da delação da JBS. Nela, o empresário Joesley Batista teria dito que pagou US$ 150 milhões (R$ 532 milhões de reais) em contas no exterior.

Toda essa fortuna, segundo ele, seria para possíveis contas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente cassada Dilma Rousseff, amos do PT. Vale ressaltar que as contas citadas por ele estão em seu próprio nome.

Essa propina seria um tipo de pagamento para que o dono do frigorífico tivesse acesso privilegiado aos cofres do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), tudo com a ajuda do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.

Os documentos podem ajudar nas investigações em curso.

As supostas contas de Lula e Dilma, que foram delatadas pelo empresário, já estão sendo apuradas na Justiça Federal do Distrito Federal. Mesmo as contas estando no nome de Joesley, o procurador Ivan Marx desconfia da titularidade dessas contas. Para ele, há algo estranho em tudo isso.

Raquel Dodge quer que seja enviada para Curitiba uma das contas que foi usada pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e Guilherme Gushiken e mais trechos referentes aos fundos de pensão.

Desespero petista
Ao chegar às mãos de Sérgio Moro, esse desmembramento da delação da JBS, sugerido pela procuradora-geral, Lula terá grandes preocupações pela frente. Se os fatos forem comprovados, Dilma Rousseff também entraria na mira da Justiça do Paraná e poderia sofrer graves processos.

Já está começando a surgir no PT um tipo de divisão, onde alguns ainda acreditam que Lula pode ser o candidato do partido à Presidência da Repúblicas na eleições deste ano, enquanto outros querem que o PT se afaste rapidamente do ex-presidente para que dê tempo de arrumar um outro nome para o pleito.

Conforme informações do jornal Folha de S. Paulo, Lula estaria decepcionado com esse possível plano B e enviou uma carta de desabafo para a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT. Na carta, ele falou que não pode deixar de ser candidato, pois estaria assumindo seus crimes.

Quebra de sigilo
O ministro Augusto Sherman, do Tribunal de Contas da União (TCU), sugeriu a necessidade da quebra de sigilo nos empréstimos bilionários concedidos supostamente de uma forma “ilegal” por Dilma e Lula para países amigos . O ministro quer saber se nesses documentos houve um detalhamento das ações e análise sobre sigilos comercial e bancário.

A responsável em declarar o sigilo desses documentos é Dilma. Além dos arquivos do BNDES, foram também atingidos arquivos do Banco do Brasil, da Camex, da ABGF (Associação Brasileira Gestora de Fundos Garantidores) e de várias outras secretarias, como, por exemplo, a do Tesouro Nacional. Na visão do ministro, esse sigilo é abusivo e serve para esconder da sociedade atitudes ilícitas.

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