Está aberta a temporada de tiro ao tucano!
E só ligar a televisão – não importa em qual canal – lá estão os tucanos. Aecio Neves depois de endeusado pela Globo, agora é bombardeado nos telejornais da rede. Ao encerrar a semana, Geraldo Alckmin foi a bola da vez. Em comum, as delações da JBS e Odebrecht, as mesmas denúncias que pesam contra o ex-governador Beto Richa. Este, mais recentemente, pelo estragos da Operação Integração, das propinas do pedágio. O inquérito está com Sergio Moro.
Ao optar por se candidatar a uma vaga ao Senado, Beto Richa abriu mão do foro especial por prerrogativa de função, o conhecido “foro privilegiado”. Na prática, isso significa que todos os processos criminais nos quais Beto Richa eventualmente figura como investigado, denunciado ou réu, no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, podem ser transferidos para a primeira instância, no Paraná.
No caso de Beto Richa, a jornalista Catarina Scortecci, da Gazeta do Povo, identificou ao menos três processos envolvendo o tucano que até aqui tramitam no STJ: uma ação penal e dois inquéritos (um inquérito é uma fase anterior a um eventual oferecimento de denúncia e, na sequência, uma eventual abertura de ação penal, quando a pessoa, antes investigada, é transformada em réu, sendo daí processada e julgada).
Mas, o que mais causa tremor ao tucano é o INQ 1181, que pode cair nas mãos do juiz Moro, temido por investigados e réus que o criticam sobre duração de prisões estabelecidas de forma preventiva. O magistrado também é conhecido entre advogados pela celeridade que dá aos processos.
O inquérito que pode ser enviado ao juiz Moro foi aberto a partir das delações de executivos da Odebrecht, que apontaram “caixa 2” em três campanhas eleitorais de Beto Richa. Neste caso, pelo fato de as delações se relacionarem com a Operação Lava Jato, o processo pode ficar na 13ª Vara Criminal.
Está aberta a temporada de tiro ao tucano, como bem diz a Cassiana Lacerda, no FB. (Blog de Cícero Cattani).