Governador Jorginho endurece com os professores de Santa Catarina que estão em greve

O Governo do Estado decidiu endurecer com os professores, e esse caminho pode gerar um grande problema para o governador Jorginho Mello (PL) se não for adequadamente conduzido. Os professores seguem aguardando uma proposta para a descompactação da carreira, ou pedem um reajuste e uma agenda para elaborar uma proposta para descompactar. Ouviram que somente quando a greve acabar é que será negociada a pauta. O fato é que o governo tenta isolar os professores, fazendo com que o movimento seja visto sem importância, o que é um erro, já que 45% da categoria já aderiu. Uma fonte ligada ao Sinte me disse que está marcado um novo grande ato para o próximo dia 8. E fez uma afirmação que deve servir de alerta: “poderá haver a radicalização do movimento, caso o governo não volte a negociar”. A mesma fonte me disse que, se for apresentada uma proposta, o sindicato levará imediatamente aos grevistas para aprovar ou não. Caso contrário, o ato está confirmado. O local, os dirigentes do Sinte somente informarão no dia do ato para evitar qualquer tentativa de desmobilização.

A REUNIÃO

Os professores ficaram cerca de 1 hora e meia com o secretário de Estado da Administração, Vânio Boing, com o secretário adjunto de Estado da Casa Civil, Marcelo Mendes, e com o secretário de Estado da Comunicação, João Paulo Vieira. Também participaram os deputados estaduais Luciane Carminatti (PT) e Fabiano da Luz (PT). Ninguém da Educação compareceu a uma reunião que cabia à pasta. Os professores pediram que fosse colocada alguma proposta no papel, o que teria sido negado pelos representantes escolhidos pelo governo para participar do encontro. O governo alega que a descompactação causaria um rombo de R$ 4,6 bilhões aos cofres do Estado. Se confirmado, de fato se torna impossível neste momento atender à categoria. Por outro lado, é preciso sim apresentar uma proposta clara para essa pauta, mesmo que o resultado seja de médio a longo prazo. Talvez o governo não tenha entendido que a falta de perspectiva tem alimentado a mobilização dos professores.

APOIADO DOS DEPUTADOS É NEGADO

O Governo do Estado nega, mas houve sim um pedido aos deputados estaduais do PT, Luciane Carminatti e Fabiano da Luz, que participassem da reunião com os professores. Fabiano já estava saindo do Centro Administrativo quando recebeu uma mensagem de um coronel ligado ao governo pedindo para ele voltar à sede e ver com os grevistas para que quatro pessoas entrassem para a reunião com alguns secretários.

(MARCELO LULA).

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