Cobalchini acaba de assumir na Câmara Federal e já fala na sucessão estadual em 2026

Estreante em Brasília depois de três mandatos na Assembleia Legislativa e passagens pelo secretariado dos governos Luiz Henrique e Raimundo Colombo, o deputado estadual Valdir Cobalchini (MDB) avisa desde já: quer ser incluído na lista dos pré-candidatos a governador do Estado em 2026. Durante entrevista na Live do Upiara desta terça-feira, Cobalchini ainda falou da relação do MDB com o governo Jorginho Mello (PL) e comentou os escopos do trabalho que fará na Câmara Federal.

Lembrando que a última vez que o partido elegeu um governador foi em 2006, com a virada histórica de Luiz Henrique da Silveira sobre Esperidião Amin (PP), Cobalchini diz que o MDB tem obrigação de, ao menos, participar das majoritárias. Mas para isso, a composição começa nas eleições das executivas municipais de 2024, com um caminho de reconstrução a ser trilhado.

– Precisamos renovar espaços que perdemos. É um desafio muito grande agora à nova executiva do partido, que vai ter que escalar o time em cidades como Itajaí, Brusque, entre tantas outras que precisamos ter vereadores e boas bancadas, candidaturas competitivas a prefeito.

A partir disso, e mencionando o gosto de ter lançado o nome nas prévias emedebistas das últimas eleições, o parlamentar se põe como opção natural da sigla na disputa ao Governo do Estado. Segundo ele, as três votações expressivas conquistadas de forma consecutiva – que o alavancaram por três mandatos e meio à Assembleia Legislativa, a conquista em 2022 da vaga na Câmara dos Deputados e as experiências integrando governos passados o embasam na empreitada.

– Considero que depois de 3 mandatos e meio como deputado estadual, sempre com votações expressivas, também pelo fato de estar ao lado do Luiz Henrique como secretário da Casa Civil, de Infraestrutura, de construções no partido, creio que ser um dos nomes que devem ser lembrados.

Ele prossegue explicando razão em não levar adiante a candidatura nas prévias partidárias do último ano, em que disputas internas entre diferentes forças políticas levaram o antigo “Manda Brasa” a apoiar a candidatura de Carlos Moisés (Republicanos), cuja reeleição foi rejeitada nas urnas a ponto de não conquistar vaga no segundo turno.

– Naquele momento, só não continuei pois estava muito confuso, com muita briga, e acabou desembocando naquilo que todos nós sabemos. Se ao longo desses anos todos fui assessor direto do Paulo Afonso enquanto governador, do Casildo Maldaner, o próprio Luiz Henrique que foi um ótimo professor. Se o partido esteve tão atrelado à minha história, eu tenho que ao menos oferecer meu nome como uma possibilidade.

O dissabor fez com que a participação do MDB no governo Jorginho seja uma incógnita. A nível nacional, o partido recebeu três pastas robustas (Cidades, Transportes e Planejamento) do governo Lula. Em Santa Catarina, Jorginho ofereceu a secretaria de Infraestrutura; após já indicar adjunto, superintendente de infraestrutura e o diretor de obras civis e hidráulicas. Apesar de não deixar clara sua posição sobre a secretaria ter ou não o tamanho da legenda, Cobalchini demonstra interesse no controle da Infraestrutura, assim como na formação de base à atual gestão.

– Não tenho nenhum tipo de preconceito, de ser contra. Já votei no Jorginho ao menos 2 vezes quando candidato ao Senado. Também subi no palanque, de forma entusiástica, e o MDB entregou a ele 90% de seu patrimônio eleitoral. Deveria ter uma relação de muita confiança, ou não faria sentido, diante de tantos desafios, como a manutenção das rodovias estaduais ou construção de obras estruturantes. É uma secretaria estratégica para os projetos políticos.

Mas a possibilidade de ajudar o governo sem necessariamente ocupar espaços também é considerada. Nas palavras do parlamentar, o trabalho em Brasília para captação de recursos ao Estado são formas de dar vazão a demandas de interesse do Estado.

– É uma hipótese que precisa ser considerada. O MDB pode ajudar o governo sem ocupar espaços. Aqui em Brasília, com 4 parlamentares, podemos abrir portas, por exemplo. É difícil para que um partido abdique da oportunidade de integrar o governo, mas é preciso ponderar.

Essa abertura de portas mira, logo, a renovação na infraestrutura estadual – tema que o deputado, por ter sido secretário durante o governo Colombo (PSD), tem experiência.

– A rodovia 282, em números absolutos, já é a rodovia mais violenta que a 470. Então minha bandeira principal será com a restauração dessa rodovia, que é uma das principais de nosso Estado. Tanto ela como outras rodovias federais que cortam Santa Catarina. Além, claro, da construção de outras obras estratégicas para nosso Estado, que precisa escoar aquilo que produz.

(UPIARA ONLINE).

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