Venda de ações da Copel vira entrave entre Lula e Ratinho
Depois das concessões do pedágio, a venda de ações da Copel surge como novo ponto de atrito entre os governos Ratinho Jr e Lula. No último dia 6, a bancada de oposição na Assembleia Legislativa recorreu à Advocacia Geral da União (AGU), pedindo a intervenção do governo federal no processo. A alegação é de que a operação causaria prejuízos à União, já que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o segundo maior acionista da estatal paranaense.
O bloco oposicionista alega ainda que a iniciativa do governo Ratinho Jr fede o contrato de concessão, que exige anuência da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Fizemos um encaminhamento no sentido de evitar a privatização da Copel por conta do descumprimento pelo governo do Estado das tramitações burocráticas”, alega o líder da oposição na Assembleia, deputado Arilson Chiorato (PT), após encontro em Brasília com a presidente nacional do PT e deputada federal paranaense, Gleisi Hoffmann (PT e advogado-geral da União (AGU), ministro Jorge Messias, para tratar do processo de privatização da Copel.
“A nova AGU está se informando. Inclusive, a falta do cumprimento contratual junto à ANEEL é passível de multa. Pelo que estou vendo, a Copel poderá ser multada por não ter cumprido os requisitos já comprovados pelo TCU. A partir de agora a AGU também vai acompanhar este processo e fazer encaminhamentos sobre a privatização da Copel”, disse o deputado.