Com veemência Alvaro nega possibilidade de ser vice na chapa do PSDB
Pré-candidato do Podemos à Presidência da República, o senador Alvaro Dias negou com veemência a possibilidade de abrir mão de sua candidatura para ser o vice na chapa do PSDB nas eleições 2018. O senador afirmou que seu partido está “assumindo por inteiro” a candidatura ao Planalto e busca a adesão de partidos de centro para ganhar força na disputa de outubro. As declarações foram dadas em resposta ao crescimento, nos últimos dias, dos rumores de que Alvaro poderia desistir para ser o candidato a vice na chapa do ex-governador tucano.
“Falam da possibilidade de um entendimento com o PSDB, quando não existe nenhuma hipótese disso. Eu me lembro do Garrincha, ‘não perguntaram pros russos’. Na verdade não existe essa hipótese”, afirmou Alvaro após proferir palestra na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
“Eu estou nessa campanha para cumprir uma missão, que é combater de forma mais veemente esse sistema e propor um rompimento. Não há nenhuma hipótese, portanto, de recuo. Não há nenhum propósito de buscar um espaço mais confortável, de menos responsabilidade. Nós estamos assumindo por inteiro a responsabilidade dessa proposta de rompimento com o sistema e vamos até o fim”, insistiu o senador.
Dias foi mais longe e assegurou que terá inclusive o apoio de tucanos – ele foi filiado ao PSDB por mais de duas décadas. “Certamente eu terei apoio de muitos tucanos, mas institucionalmente esse apoio é inviável, porque o PSDB se sente no dever de ter um candidato próprio. Agora, será uma eleição de dissidências, uma eleição suprapartidária. Nos Estados, principalmente, nós teremos muitas dissidências. Eu espero ter apoio de muitos tucanos, sim”, considerou o senador.
Centro
Sem querer descartar qualquer apoio, Alvaro Dias disse que pode ser considerado o candidato mais ao centro na disputa deste ano. “Eu sou o candidato de uma proposta visível, clara, de rompimento com esse sistema. Eu não sei desenhar bem o que é centro, o que é direita, o que é esquerda, porque há uma esquizofrenia nesse debate. Na verdade, há uma anarquia partidária no Brasil”, comentou. “Eu advogo a tese de que devemos somar, o que há de bom de conteúdo na direita, na esquerda, somar e caminhar adiante. Se isso é ser centro, então eu posso ser carimbado como candidato de centro.” (Com informações de Agências e Bem Paraná).