Confirmado caso de malária em Santa Catarina
Nesta semana, um paciente foi diagnosticado com malária em Capinzal no Meio-Oeste catarinense. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde. O paciente veio de Roraima e chegou em Capinzal já com sintomas.
Esse é o terceiro caso de malária importado em 2024. Além do paciente de Roraima, outros dois, um paciente da Venezuela e outro do Acre testaram positivo. Em 2023, foram 63 casos, sendo 1 autóctone de SC da região de Joinville. Os demais foram todos importados.
TRATAMENTO DO PACIENTE
Segundo a SES, no dia 5 de fevereiro, o homem apresentou febre, calafrios, dor de cabeça e sudorese. Já no segundo dia não apresentou os sintomas e voltou a apresentá-los no terceiro e quarto dia. Ele foi internado no hospital local para diagnóstico e acompanhamento.
Como havia suspeita de malária, foi coletado exame e o material foi enviado ao Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen-SC), que confirmou o diagnóstico de malária por Plasmodium vivax.
O serviço de saúde local, apoiado pela regional de saúde, iniciou protocolo de tratamento previsto para o caso. O paciente permanece em tratamento, internado no Hospital Nossa Senhora das Dores de Capinzal.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE MALÁRIA
Os sintomas da malária são febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça (que podem ocorrer de forma cíclica). Há pessoas que, antes de apresentarem tais manifestações, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
O tratamento da doença depende da espécie de plasmodium que acomete a pessoa, bem como comorbidades e condição clínica. O tratamento é fornecido e controlado pelo Ministério da Saúde e está totalmente disponível no SUS.
Os casos de malária em SC são identificados nos serviços de saúde, ambulatoriais ou hospitalares, com apoio diagnóstico do LACEN-SC. Ao se identificar um caso, o serviço de saúde solicita a medicação, que fica armazenada nas 17 regionais de saúde do estado, para facilitar o acesso. Todos e qualquer serviço de saúde pode fazer o diagnóstico inicial de malária, porém caso o paciente apresente sinais de gravidade, e encaminhado para hospital de maior porte, para continuidade do tratamento.
“A maioria absoluta dos casos de malária em SC são importados de áreas endêmicas, porém também temos no estado a malária de mata atlântica, que ocorre em casos esporádicos, em regiões com essa cobertura vegetal. Temos os vetores da malária no estado, mas encontramos aqui um comportamento da doença diferente dos estados endêmicos. Até o momento não há risco de aumento de casos autóctones de malária em nosso estado”, informou a SES.
Santa Catarina apresenta elevadas taxas de letalidade por malária, uma vez que o Estado possui poucos casos e os profissionais de saúde não tem prática no manejo dos casos. Desta forma a Secretaria de Estado da Saúde mantém uma rede de sobreaviso 7 dias na semana, 24 horas ao dia, para dar apoio aos serviços de saúde no diagnóstico e tratamento desta moléstia.
(SCC10).