Tucanos lançam Carlos Alberto (Beto) Richa ao Senado, mas à espera da definição da governadora Cida Borghetti

O PSDB confirmou ontem (1º) o lançamento da candidatura do ex-governador Beto Richa, em convenção estadual em Curitiba, à espera de uma definição do grupo da governadora e pré-candidata à reeleição, Cida Borghetti.

Nem Cida, nem o deputado federal e marido da governadora, Ricardo Barros (PP), compareceram à convenção tucana. O motivo oficial seria uma viagem à Brasília. Apesar da ausência, Richa ainda esperar um acordo para manter a aliança com sua sucessora. Para isso, a exemplo dos demais partidos, a convenção tucana delegou à Executiva Estadual a decisão sobre coligações e chapas. Por lei, os partidos têm até domingo para oficializar candidaturas e alianças. 

Na semana passada, Barros deu as negociações com os tucanos como encerradas, depois que o ex-governador deixou de comparecer à convenção conjunta do PROS/PMB que confirmou o apoio à reeleição de Cida. Segundo o ex-ministro, a tendência seria Richa disputar o Senado como candidato avulso em um “acordo branco” com o candidato do PSD ao governo, deputado estadual Ratinho Júnior, que nega essa possibilidade. Desde então, Barros não deu qualquer interesse em  reatar a aliança e a governadora tem desconversado sobre o assunto, alegando que a decisão caberá aos partidos aliados, nas convenções que devem ocorrer no próximo final de semana. 

Apesar disso, Richa garantiu que o PSDB continua trabalhando pela manutenção da coligação. “Esse é o entendimento. Ainda ontem tivemos reuniões, onde todos os partidos que estiveram conosco até então, ou a maioria deles, querem manter unido esse grupo que venceu as últimas eleições”, disse o ex-governador. De acordo com ele, os partidos que apoiaram sua administração seguem demonstrando “A vontade de todos de apoiar a candidatura da governadora Cida Borghetti”. 

Questionado sobre a posição de Ricardo Barros, Richa também desconversou (Ele) Está articulando, está vendo o que é melhor dentro dessa articulação para apoiar a reeleição da Cida Borghetti. Mas os deputados estão motivados e animados com os avanços dessas negociações”, alegou. 

Já no discurso à convenção tucana, Richa reafirmou a intenção de manter a coligação, mas avisou: “Minha candidatura ao Senado é irreversível, com ou sem aliança. 

Chapa – A divergência entre Richa e o grupo de Cida surgiu depois que ele teria pedido que a chapa da governadora não incluísse o deputado federal Alex Canziani (PTB) como segundo candidato ao Senado. O tucano nega. Richa também descarta um “acordo branco” com Ratinho Jr, para que o candidato ao governo não lance nenhum nome forte para concorrer com ele ao Senado. Ele alega apenas que deputados do PSD de Ratinho Jr têm interesse em apoiá-lo. 

Pela manhã, o Democratas confirmou, em convenção, o apoio à candidatura de Richa e Canziarni ao Senado e à reeleição de Cida. “Caso aconteça do PSDB não ficar na coligação, o DEM tem o compromisso de apoiar sua vaga ao Senado”, afirmou o deputado estadual e líder de Cida na Assembleia Legislativa, Pedro Lupion. (Bem Paraná).

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